domingo, 13 de junho de 2010

Lista de transnacionais por país-sede


8ª série - prof. Darcio Vasques

África do Sul: Anglogold Ashanti, MTN Group, Sasol
Alemanha: Adidas, BASF, Bayer, BSH, Bosch, Daimler AG, Deutsche Bank, Faber-Castell, Group Technologies, Lufthansa, Puma, Siemens, ThyssenKrupp, Volkswagen, Opel, Deutsche Telekom, Wurth, DHL Express
Argentina: Arcor, IMPSA, Sideco, Techint
Austrália: BHP Billton, Holden, Qantas, Telstra
Áustria: Red Bull, Swarowski, KTM
Bélgica, Bunge, Fortis (empresa), InBev, Stella Artois, BASE
Brasil: Alpargatas, AmBev, Aracruz Celulose, Azálea, Banco Itaú, Bematech, Bradesco, Caloi, CSN, Embraco, Embraer, EMS, Gerdau, Globo, Gradiente, Grupo Edson Queiroz. H. Stern, Klabin, Marcopolo, Natura, O Boticário, Odebrecht, Perdigão, Petrobras, Randon. Record. Sadia. Itaú Unibanco Banco Múltiplo, Tramontina, Vale, Votorantim, WEG, Varig
Canadá: ATI Technologies, Bombardier, Celestica, Cogeco, Cognos, Nortel
China: Lenovo, Sinopec
Coréia do Sul: Daewoo, Hyundai, Kiam, LG, Samsung, Ssangyong
Dinamarca: Lego, Maersk, Novozymes
Espanha: Atento, BBVA, Gamesa, Iberia Linhas Aéreas de Espanha (Iberia), Iberdrola, Inditex, Mapfre, Santander, Telefónica, Zara, Repsol
Emirados Árabes Unidos: Emirates Airlines (Fly Emirates), Etihad Airways, Mubadala Development Company
Estados Unidos: 3M, Altria, American Express, American Airlines, AMD, AOL, Apple. AT&T, Avon, BankBoston, Bank of America, BellSouth. Blockbuster, Boeing, Burger King
Caterpillar, ChevronTexaco, Chrysler, Cinemark, Cisco Systems, Colgate-Palmolive, Citigroup, Coca-Cola, CSC, Dell, Delta Air Lines, Deloitte, Dow Corning, DuPont, ExxonMobil, FedEx, Ford Motors, General Electric, General Motors, Goodyear, Google Inc., IBM, Intel, Johnson & Johnson, Kellogg's, Kodak, Kraft Foods, Lee, Levi's, Mattel
McAfee, McDonald's, Microsoft, Monsanto, Motorola, Nike, Oracle, PepsiCo, Pizza Hut, Pfizer, Procter & Gamble, Subway, Sun Microsystems, Symantec, T.G.I. Friday's, Taco Bell, Time Warner, Viacom, Visa, Wal-Mart, Wendy's, Xerox, Hewlett-Packard (HP), UPS, United Airlines, Walt Disney
Finlândia: Botnia, Nokia, Sulake, Neste Oil
França: Accor, Airbus, Alcatel-Lucent, Aventis, Bic, Carrefour, Danone, Essilor, Fnac, France Telecom, Ivalis, Lafarge, Leroy Merlin, L'Oréal, Mandriva, Michelin, Peugeot - Citroën, Renault, Rhodia, Total Oil, Vivendi, Yves Rocher, BNP Paribas, Le Crédit Lyonnais, Thomson, Air France
Índia: Tata Motors
Israel: Milenia
Itália: Agip, Alitalia, Banca Intesa, Benetton, Diadora, FIAT, Kappa. Lamborghini, Lotto, Magneti Marelli, Parmalat, Pirelli, Telecom Italia, UniCredit
Japão: 7-Eleven, Aiwa, Ajinomoto, Bridgestone, Canon, Casio, Fujitsu, Honda, JVC, Kawasaki, Konica Minolta, Kyocera, Mitsubishi, Mizuno, Nintendo, Nissan, Olympus, Panasonic, Sony, Subaru, Toshiba, Toyota, Yamaha, Mazda, Sharp, Epson
Luxemburgo: ArcelorMittal
Malásia: Proton (automóvel), Petronas
México: América Móvil, FEMSA, Softtek, Televisa, Telmex
Noruega: Statoi, Telenor
Países Baixos: ABN AMRO, Ahold, Akzo Nobel, C&A, Heineken, Makro, Philips, Shell (anglo-neerlandesa), Unilever (anglo-neerlandesa), Fortis (empresa), ING Group, TNT N.V,
KLM
Portugal: Delta Cafés, Impresa, Lanidor, Portugal Telecom, Sonae, YDreams, Galp
Cimpor, TAP
Reino Unido: Anglo American, AstraZeneca, British Petroleum, British Airways, Cadbury
Canonical, Coats, Glaxo, HSBC, Polygram, Reckitt Benckiser, Shell (anglo-neerlandesa), Umbro, Unilever (anglo-neerlandesa), Royal Bank of Scotland, Reebok
Rússia: Kaspersky Lab, Gazprom, Autovaz, LUKoil, VTB Bank, YUKOS
Suécia: Ericsson, Electrolux, Scania, Volvo, SAAB
Suíça: Adecco, Credit Suisse, Nestlé, Novartis, Logitech, Roche, Rolex, UBS AG, Victorinox, Tag Heuer
Taiwan: Acer
Turquia: Petrol Ofisi, Turkcell, BEKO

ONU e Declaração Universal dos Direitos Humanos


8ª série - prof. Darcio Vasques

Surgimento da ONU

A Segunda Guerra, enquanto maior catástrofe humana já ocorrida, foi responsável por 55 milhões de mortos, 35 milhões de mutilados, 3 milhões de desaparecidos, e pela “queima” de um trilhão e meio de dólares (valores de 1939).

A Organização das Nações Unidas é uma instituição internacional formada por 192 Estados soberanos, fundada após a 2ª Guerra Mundial para manter a paz e a segurança no mundo, fomentar relações cordiais entre as nações, promover progresso social, melhores padrões de vida e direitos humanos. Os membros são unidos em torno da Carta da ONU, um tratado internacional que enuncia os direitos e deveres dos membros da comunidade internacional. Surgiu após o fracasso da antiga Liga das Nações ((1919-1946) em não conseguir manter a paz no mundo.

As Nações Unidas são constituídas por seis órgãos principais: a Assembléia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, o Conselho de Tutela, o Tribunal Internacional de Justiça e o Secretariado. Todos eles estão situados na sede da ONU, em Nova York, com exceção do Tribunal, que fica em Haia, na Holanda.

Ligados à ONU há organismos especializados que trabalham em áreas tão diversas como saúde, agricultura, aviação civil, meteorologia e trabalho – por exemplo: OMS (Organização Mundial da Saúde), OIT (Organização Internacional do Trabalho), Banco Mundial e FMI (Fundo Monetário Internacional). Estes organismos especializados, juntamente com as Nações Unidas e outros programas e fundos (tais como o Fundo das Nações Unidas para a Infância, UNICEF), compõem o Sistema das Nações Unidas.

Declaração Universal dos Direitos Humanos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos marca outra fase de regulamentação dos direitos humanos e a necessidade de tornar a questão mais real. Teve sem dúvida como origem a Segunda Guerra Mundial onde as violações de direitos eram uma constante e as crueldades nazistas colocaram em pauta a própria existência da raça humana. Sendo assim a Declaração Universal foi aprovada, como um fenômeno do pós-guerra, com nenhum voto contrário e 45 votos favoráveis.

Elaborada a partir da Carta das Nações Unidas, retomando ideais franceses, declarou como valores supremos os direitos de liberdade, igualdade e fraternidade entre os seres humanos.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada pela ONU em 10 de dezembro de 1948, delineia os direitos humanos básicos.

Abalados pela barbárie recente e ensejosos de construir um mundo sob novos alicerces ideológicos, os dirigentes das nações que emergiram como potências no período pós-guerra, liderados por URSS e Estados Unidos estabeleceram na Conferência de Yalta, na Ucrânia, em 1945, as bases de uma futura “paz” definindo áreas de influência das potências e acertado a criação de uma Organização multilateral que promova negociações sobre conflitos internacionais, objetivando evitar guerras e promover a paz e a democracia e fortaleça os Direitos Humanos.

Embora não seja um documento que representa obrigatoriedade legal, serviu como base para os dois tratados sobre direitos humanos da ONU, de força legal, o Tratado Internacional dos Direitos Civis e Políticos, e o Tratado Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Continua a ser amplamente citado por acadêmicos, advogados e cortes constitucionais.

A Assembléia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.

Fontes de energia

8ª série - prof. Darcio Vasques

As fontes de energia podem ser convencionais ou alternativas. Energia convencional é caracterizada pelo baixo custo, grande impacto ambiental e tecnologia difundida. Já a energia alternativa é aquela originada como solução para diminuir o impacto ambiental. Com essas duas fontes de energia, surgem também duas distinções: renováveis e não-renováveis.

Renovável: é a energia que é extraída de fontes naturais capaz de se regenerar, consequentemente inesgotável. Ex: energia solar, energia eólica, etc.

Não-renovável: é a energia que se encontra na natureza em quantidades limitadas, que com sua utilização se extingue. Ex: petróleo, carvão mineral, etc.

Tipos de fontes de energia:

Biocombustíveis são combustíveis com fontes renováveis, obtidos a partir do beneficiamento de determinados vegetais, entre os quais podemos citar: cana-de-açúcar, plantas oleaginosas, resíduos agropecuários, eucalipto, além de muitos outros.

Carvão Vegetal é obtido a partir da queima ou carbonização de madeira, após esse processo resulta em uma substância negra.

No cotidiano o carvão vegetal é utilizado como combustível de aquecedores, lareira, churrasqueiras e fogões a lenha, além de abastecer alguns setores industriais como as siderúrgicas

Energia Hidrelétrica é a obtenção de energia elétrica através do aproveitamento do potencial hidráulico de um rio. Para que esse processo seja realizado é necessária a construção de usinas em rios que possuam elevado volume de água e que apresentem desníveis em seu curso.
A água passa por tubulações da usina com muita força e velocidade, realizando a movimentação das turbinas. Nesse processo, ocorre a transformação de energia potencial (energia da água) em energia mecânica (movimento das turbinas). As turbinas em movimento estão conectadas a um gerador, que é responsável pela transformação da energia mecânica em energia elétrica.

Energia Solar é uma opção na busca por alternativas menos agressivas ao meio ambiente, pois consiste numa fonte energética renovável e limpa (não emite poluente).

Carvão Mineral é um minério não-metálico, possui cor preta ou marrom com grande potencial combustível, uma vez queimado libera uma elevada quantidade de energia.
É constituído basicamente por carbono (quanto maior o teor de carbono mais puro é o carvão) e magnésio, sendo encontrado em forma de betume.
Esse carvão é considerado um combustível fóssil, pois as jazidas desse minério se formaram há milhões de anos; quando extensas florestas foram submersas, fazendo com que os restos de vegetais, que são ricos em carbono, se transformassem em um elemento rochoso. Esse é classificado em turfa, linhito, antracito e hulha, essa distinção existe em razão das condições ambientais e época de formação.

Energia Geotérmica se caracteriza pelo calor proveniente da Terra, é a energia calorífera gerada a menos de 64 quilômetros da superfície terrestre, em uma camada de rochas, chamada magma, que chega a atingir até 6.000°C.
O magma resulta das tremendas pressões abaixo da superfície e do calor gerado pela decomposição de substâncias radioativas, como o urânio e o tório. Encontrando fissuras na crosta terrestre, o magma explode em erupções vulcânicas, ou os gases liberados com o seu resfriamento aquecem águas subterrâneas que afloram na forma de gêiseres ou minas de água quente.

Energia Nuclear, também chamada atômica, é obtida a partir da fissão do núcleo do átomo de urânio enriquecido, liberando uma grande quantidade de energia. A energia nuclear mantém unida as partículas do núcleo de um átomo. A divisão desse núcleo em duas partes provoca a liberação de grande quantidade de energia.

Gás Natural é composto por uma mistura de hidrocarbonetos leves (metano, etano, propano, butano e outros gases em menores proporções) que submetido à temperatura ambiente e pressão atmosférica permanece no estado gasoso. É uma fonte energética encontrada na natureza em duas formas distintas. Ele pode ser obtido em jazidas e através da queima de biomassa (bagaço de cana-de-açúcar).

Energia eólica (Eolis, o deus dos ventos) é produzida pela movimentação do ar que formam os ventos e que impulsionam pás acopladas em geradores. Este ao girar gera energia elétrica.

Petróleo
O petróleo se formou a milhões de anos, a partir de matéria orgânica (restos de animais, vegetais e microrganismos) que se armazenou no fundo dos oceanos. Em razão da temperatura e da pressão sofrida, a matéria orgânica se transformou em um líquido viscoso, de coloração escura.
Esse importante recurso mineral é extraído todos os dias em várias partes do mundo, a unidade de medida usada é o barril, que equivale a 159 litros de petróleo. Após a extração do petróleo do subsolo ou do fundo do mar é transportado para as refinarias, onde o minério bruto é beneficiado e transformado em produtos como: gasolina, óleo diesel e querosene. A partir do petróleo são fabricados ainda: plásticos, borrachas sintéticas, asfalto, fertilizantes, fibras e muitos outros.

O continente africano e a globalização

8ª série - prof. Darcio Vasques

A África é hoje um continente pouco urbanizado, a alimentação se baseia predominantemente no extrativismo vegetal e na caça, e a população rural vive em habitações de barro e palha.

Conservam-se tradições primitivas e,
embora islamismo, catolicismo e protestantismo estejam presentes entre a população, o espírito de milhões de africanos é fortemente guiado pelo animismo.

Todos os países possuem graves problemas sociais básicos como alimentação, saúde, moradia e educação, a maioria sem perspectivas de solução a curto e médio prazos. O que a globalização tem a ver com o
continente africano?

O processo de globalização que hoje domina o cenário da economia internacional caracteriza-se pelo investimento dos grandes capitais em países de economia emergente, onde a possibilidade de lucro mostra-se maior. No entanto, nem todas as economias nacionais são alvo de interesse por parte dos principais investidores.

Nesse contexto, encaixa-se a maior parte dos países africanos, que está à margem desse processo. Atualmente, o capital disponível para investimento tem como preferência a América Latina, os países do Leste Europeu e asiáticos. Isso é um problema para a África, pois, sem esse capital, dificilmente se desenvolverá, devido à precariedade estrutural em que se encontra.

Do ponto de vista histórico, a vinculação africana ao mercado internacional foi desastrosa e desorganizadora da economia tribal, já que a relação dos países economicamente hegemônicos com o continente sempre foi exploradora e predatória. Durante o mercantilismo, o principal papel desempenhado pela África em relação ao mercado mundial foi o de fornecedor de mão-de-obra para o sistema escravocrata.

Na fase contemporânea da história, o interesse europeu volta-se para a expansão capitalista na forma de um neocolonialismo que submeterá o continente aos interesses exploratórios de recursos naturais e de mercado.

Quando o colonialismo termina, a independência pouco altera a situação da população, uma vez que a maior parte dos Estados Nacionais é opressora e perdulária, dominada seja por civis, seja por militares. Além disso, os
constantes conflitos étnicos colaboram para agravar a situação, gerando gastos e instabilidade política que retardam ainda mais o desenvolvimento.

Os efeitos de quase cinco séculos de exploração e estagnação justificam o isolamento africano. A defasagem de seu desenvolvimento social e econômico é imensa, inviabilizando sua inserção no processo de globalização.

África – a independência

8ª série - prof. Darcio Vasques


Na primeira metade do século XX, as potencias européias foram absolutas no vasto território africano.

O Reino Unido detinha as suas possessões na África Oriental, no Golfo da Guiné e África do Sul.

A França tinha colónias na costa atlântica e no golfo da Guiné até à foz do Rio Congo.

A Bélgica dominava ao longo da Baixa do Rio Congo e a sul dele.

Portugal estava em Angola, Moçambique, Guiné – Bissau e nas Ilhas de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

A Itália Fascista tinha tentado alargar as suas possessões do século XVII da Eritreia e da Somália com a invasão da Etiópia em 1936.

Até à 2ª Guerra Mundial, esta divisão manteve-se estável, provocando um lento processo de modernização das economias locais e uma aculturação ocidental parcial das populações, facilitando aos colonizadores a exploração dos recursos mineiros e agrícolas locais.

África tem assim duas economias paralelas: uma, ligada às exportações – importações para e da Europa; a outra de pura subsistência dos povos. Nasce daí uma dicotomia social entre quem pertencia aos sistemas produtivos e realidade cultural européia, e os que permaneciam na vida tribal das aldeias de sempre.

Nos anos 50, acendem-se os primeiros movimentos de independência.

Houve muita resistência da Europa com lutas sangrentas, mas foi obrigada a ceder aos novos grupos que nasciam localmente.

Esta descolonização apressada teve consequências negativas não esperadas pelas populações, pois a partilha territorial dos vastos Estados não tinha em conta a presença de etnias e tribos muito diferentes nas mesmas áreas geográficas, que entravam imediatamente em guerra.

Com a falta de experiência de uma classe dirigente africana e de estruturas politicas democráticas, formam-se regimes ditatoriais, guiados pelas tribos mais fortes.

As guerras arrastaram-se por muitos anos, continuando nalguns casos ainda a durar, como no Uganda, Somália, Burundi e Ruanda.

Na África do Sul (após o Apartheid), no Botswana ou no Quénia, aparentemente atingiu-se uma estabilidade com a proposta de novos equilíbrios sociais e um desenvolvimento duradouro.


Mamãe África

8ª Série - prof. Darcio Vasques

A África é um continente com 30,27 milhões de quilômetros quadrados de terras. Estas se localizam parte no hemisfério norte e parte no sul. Ao norte é banhado pelo mar Mediterrâneo; ao leste pelas águas do Oceano Índico e a oeste pelo Oceano Atlântico. O Sul do continente africano é banhado pelo encontro das águas destes dois oceanos.

A África é o segundo continente mais populoso do mundo (fica atrás somente da Ásia). Possui, aproximadamente, 800 milhões de habitantes.

É um continente basicamente agrário, pois cerca de 63% da população habitam o meio rural.

É um continente pobre com baixos índices de desenvolvimento econômico. O PIB (Produto Interno Bruto) corresponde a apenas 1% do PIB mundial. Grande parte dos países possui parques industriais pouco desenvolvidos, enquanto outros nem se quer são industrializados, vivendo basicamente da agricultura.

O principal bloco econômico africano é o SADC (Southern Africa Development Community), formado por 14 países: África do Sul, Angola, Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagascar, Malaui, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.

Além da agricultura, destaca-se a exploração de recursos minerais como ouro e diamante. Esta exploração gera pouca renda para os países, pois é feita por empresas multinacionais estrangeiras, principalmente da Europa.

Os países africanos que possuem um nível de desenvolvimento um pouco melhor do que a média do continente são: África do Sul, Egito, Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia.

Os principais problemas africanos são: fome, epidemias (a AIDS é a principal) e os conflitos étnicos armados (alguns países vivem em processo de guerra civil).

O analfabetismo é de aproximadamente 40%.

Colonização e a divisão do continente: a Conferência de Berlim

Conferência realizada em 1885. Serviu para redefinir alguns aspectos do mapa colonial dos finais do século XIX, com a divisão do continente africano, rico em matérias-primas, como alvo preferencial dos interesses das grandes potências industrializadas.

Teve como objetivo organizar, na forma de regras, a ocupação de África pelas potências coloniais e resultou numa divisão que não respeitou, nem a história, nem as relações étnicas e mesmo familiares dos povos do Continente.

Como resultado desta conferência, a Grã-Bretanha passou a administrar toda a África Austral, com exceção das colônias portuguesas de Angola e Moçambique e o Sudoeste Africano, toda a África Oriental, com exceção do Tanganica e partilhou a costa ocidental e o nTorte com a França, a Espanha e Portugal (Guiné-Bissau e Cabo Verde); o Congo – que estava no centro da disputa, continuou como “propriedade” da Associação Internacional do Congo, cujo principal acionista era o rei Leopoldo II da Bélgica; este país passou ainda a administrar os pequenos reinos das montanhas a leste, o Ruanda e o Burundi.

A maioria dos conflitos, muitos deles sangrentos, que são atualmente travados em África são, ainda, uma consequência desta Conferência de Berlim que retalhou o continente africano a régua e esquadro sem ter em linha de conta a distribuição geográfica das diferentes etnias.

Efeitos da Globalização

A onda da Globalização tem acentuado a situação de fragilidade de inúmeros povos. A oferta de quase todo continente como fonte de matérias-primas não é suficiente para gerar uma economia como alavanca de desenvolvimento, agravado por uma agricultura frágil, fomentando o acirramento de conflitos étnicos e políticos. A situação de extrema pobreza da maioria dos países não o torna atrativo de investimentos dos países desenvolvidos que preferem outros mercados consumidores.

África Austral é a parte sul de África, banhada pelo Oceano Índico na sua costa oriental e pelo Atlântico na costa ocidental.

A África Oriental é a parte da África banhada pelo Oceano Índico e inclui, não só os países costeiros e insulares, Comores, Djibouti, Eritreia, Etiópia, Quénia, Seychelles, Somália e Tanzânia, mas também alguns do interior, como Burundi, Ruanda e Uganda, além de Zimbabwe, Zâmbia e Malawi.

Intervenções militares dos EUA após Segunda Guerra Mundial


8ª Série - prof. Darcio Vasques

1947 – 1949 – GRÉCIA – Operação de invasão de Comandos dos EUA garantem vitória da extrema direita nas “eleições” gregas.
1947 – VENEZUELA –Invasão e derrubada d o presidente eleito Rómulo Gallego.
1948 – 1949 – CHINA –Invasão pela ultima vez o território chinês para evacuar cidadãos americanos antes da vitória comunista.
1950 – PORTO RICO –Esmagamento da revolução pela independência de Porto Rico.
1951 – 1953 – CORÉIA – Início do conflito entre a República Democrática da Coréia (Norte) e República da Coréia (Sul), na qual cerca de 3 milhões de pessoas morreram.
1954 – GUATEMALA –Golpe que derruba o presidente Jacobo Arbenz por ter nacionalizado a empresa United Fruit e impulsionado a Reforma Agrária.
1956 – EGITO – O presidente Nasser nacionaliza o canal de Suez. Tropas americanas ocupam o Canal de Suez. As forças egípcias obrigam a coalizão franco-israelense-britânica, a retirar-se do canal.
1958 – LÍBANO – Invasão do Líbano durante sua guerra civil.
1958 – PANAMÁ – Combate aos manifestantes nacionalistas panamenhos.
1961 – 1975 – VIETNÃ. Aliados ao sul-vietnamitas, o governo americano invade o Vietnã e tenta impedir, sem sucesso, a formação de um estado comunista.
1962 – LAOS – Ocupação d o Laos durante guerra civil contra guerrilhas do Pathet Lao.
1964 – PANAMÁ – Nova invasão do Panamá e matam 20 estudantes ao reprimirem a manifestação em que os jovens queriam trocar, na zona do canal, a bandeira americana pela bandeira e seu país.
1965 – 1966 – REPÚBLICA DOMINICANA – EUA conduz Joaquín Balaguer à presidência, consumando um golpe de estado que depôs o presidente eleito Juan Bosch. O país já fora ocupado pelos americanos de 1916 a 1924.
1966 – 1967 – GUATEMALA –Invasão do país.
1969 – 1975 – CAMBOJA – Militares americanos invadem e ocupam o Camboja.
1971 – 1975 – LAOS –Invasão sul-vietnamita bombardeando o território do vizinho Laos.
1975 – CAMBOJA – 28 marines americanos são mortos na tentativa de resgatar a tripulação do petroleiro estadunidense Mayaquez.
1980 – IRÃ –Oito militares americanos morreram no choque entre um helicóptero e um avião na tentativa de resgate de reféns na embaixada no Irã.
1982 – 1984 – LÍBANO – Os Estados Unidos invadiram o Líbano
1983 – 1984 – ILHA DE GRANADA – Invasão e execução do 1º ministro.
1983 – 1989 – HONDURAS –Invasão de Honduras
1986 – BOLÍVIA – Exército americano invade o território.
1989 – ILHAS VIRGENS – Invasão.
1989 – PANAMÁ – Invasão e prisão do presidente.
1990 – LIBÉRIA – Invasão da Libéria.
1992 – 1994 – SOMÁLIA – Invasão da Somália.
1994 – 1999 – HAITI – Invasão do país.
1996 – 1997 – ZAIRE (EX REPÚBLICA DO CONGO) – Invasão.
1997 – LIBÉRIA – Invasão.
1997 – ALBÂNIA – Invasão.
2001 – AFEGANISTÃO – Bombardeio, invasão e ocupação.
2003 – IRAQUE – Bombardeio, invasão e ocupação.
2010 - ?