domingo, 13 de junho de 2010

Lista de transnacionais por país-sede


8ª série - prof. Darcio Vasques

África do Sul: Anglogold Ashanti, MTN Group, Sasol
Alemanha: Adidas, BASF, Bayer, BSH, Bosch, Daimler AG, Deutsche Bank, Faber-Castell, Group Technologies, Lufthansa, Puma, Siemens, ThyssenKrupp, Volkswagen, Opel, Deutsche Telekom, Wurth, DHL Express
Argentina: Arcor, IMPSA, Sideco, Techint
Austrália: BHP Billton, Holden, Qantas, Telstra
Áustria: Red Bull, Swarowski, KTM
Bélgica, Bunge, Fortis (empresa), InBev, Stella Artois, BASE
Brasil: Alpargatas, AmBev, Aracruz Celulose, Azálea, Banco Itaú, Bematech, Bradesco, Caloi, CSN, Embraco, Embraer, EMS, Gerdau, Globo, Gradiente, Grupo Edson Queiroz. H. Stern, Klabin, Marcopolo, Natura, O Boticário, Odebrecht, Perdigão, Petrobras, Randon. Record. Sadia. Itaú Unibanco Banco Múltiplo, Tramontina, Vale, Votorantim, WEG, Varig
Canadá: ATI Technologies, Bombardier, Celestica, Cogeco, Cognos, Nortel
China: Lenovo, Sinopec
Coréia do Sul: Daewoo, Hyundai, Kiam, LG, Samsung, Ssangyong
Dinamarca: Lego, Maersk, Novozymes
Espanha: Atento, BBVA, Gamesa, Iberia Linhas Aéreas de Espanha (Iberia), Iberdrola, Inditex, Mapfre, Santander, Telefónica, Zara, Repsol
Emirados Árabes Unidos: Emirates Airlines (Fly Emirates), Etihad Airways, Mubadala Development Company
Estados Unidos: 3M, Altria, American Express, American Airlines, AMD, AOL, Apple. AT&T, Avon, BankBoston, Bank of America, BellSouth. Blockbuster, Boeing, Burger King
Caterpillar, ChevronTexaco, Chrysler, Cinemark, Cisco Systems, Colgate-Palmolive, Citigroup, Coca-Cola, CSC, Dell, Delta Air Lines, Deloitte, Dow Corning, DuPont, ExxonMobil, FedEx, Ford Motors, General Electric, General Motors, Goodyear, Google Inc., IBM, Intel, Johnson & Johnson, Kellogg's, Kodak, Kraft Foods, Lee, Levi's, Mattel
McAfee, McDonald's, Microsoft, Monsanto, Motorola, Nike, Oracle, PepsiCo, Pizza Hut, Pfizer, Procter & Gamble, Subway, Sun Microsystems, Symantec, T.G.I. Friday's, Taco Bell, Time Warner, Viacom, Visa, Wal-Mart, Wendy's, Xerox, Hewlett-Packard (HP), UPS, United Airlines, Walt Disney
Finlândia: Botnia, Nokia, Sulake, Neste Oil
França: Accor, Airbus, Alcatel-Lucent, Aventis, Bic, Carrefour, Danone, Essilor, Fnac, France Telecom, Ivalis, Lafarge, Leroy Merlin, L'Oréal, Mandriva, Michelin, Peugeot - Citroën, Renault, Rhodia, Total Oil, Vivendi, Yves Rocher, BNP Paribas, Le Crédit Lyonnais, Thomson, Air France
Índia: Tata Motors
Israel: Milenia
Itália: Agip, Alitalia, Banca Intesa, Benetton, Diadora, FIAT, Kappa. Lamborghini, Lotto, Magneti Marelli, Parmalat, Pirelli, Telecom Italia, UniCredit
Japão: 7-Eleven, Aiwa, Ajinomoto, Bridgestone, Canon, Casio, Fujitsu, Honda, JVC, Kawasaki, Konica Minolta, Kyocera, Mitsubishi, Mizuno, Nintendo, Nissan, Olympus, Panasonic, Sony, Subaru, Toshiba, Toyota, Yamaha, Mazda, Sharp, Epson
Luxemburgo: ArcelorMittal
Malásia: Proton (automóvel), Petronas
México: América Móvil, FEMSA, Softtek, Televisa, Telmex
Noruega: Statoi, Telenor
Países Baixos: ABN AMRO, Ahold, Akzo Nobel, C&A, Heineken, Makro, Philips, Shell (anglo-neerlandesa), Unilever (anglo-neerlandesa), Fortis (empresa), ING Group, TNT N.V,
KLM
Portugal: Delta Cafés, Impresa, Lanidor, Portugal Telecom, Sonae, YDreams, Galp
Cimpor, TAP
Reino Unido: Anglo American, AstraZeneca, British Petroleum, British Airways, Cadbury
Canonical, Coats, Glaxo, HSBC, Polygram, Reckitt Benckiser, Shell (anglo-neerlandesa), Umbro, Unilever (anglo-neerlandesa), Royal Bank of Scotland, Reebok
Rússia: Kaspersky Lab, Gazprom, Autovaz, LUKoil, VTB Bank, YUKOS
Suécia: Ericsson, Electrolux, Scania, Volvo, SAAB
Suíça: Adecco, Credit Suisse, Nestlé, Novartis, Logitech, Roche, Rolex, UBS AG, Victorinox, Tag Heuer
Taiwan: Acer
Turquia: Petrol Ofisi, Turkcell, BEKO

ONU e Declaração Universal dos Direitos Humanos


8ª série - prof. Darcio Vasques

Surgimento da ONU

A Segunda Guerra, enquanto maior catástrofe humana já ocorrida, foi responsável por 55 milhões de mortos, 35 milhões de mutilados, 3 milhões de desaparecidos, e pela “queima” de um trilhão e meio de dólares (valores de 1939).

A Organização das Nações Unidas é uma instituição internacional formada por 192 Estados soberanos, fundada após a 2ª Guerra Mundial para manter a paz e a segurança no mundo, fomentar relações cordiais entre as nações, promover progresso social, melhores padrões de vida e direitos humanos. Os membros são unidos em torno da Carta da ONU, um tratado internacional que enuncia os direitos e deveres dos membros da comunidade internacional. Surgiu após o fracasso da antiga Liga das Nações ((1919-1946) em não conseguir manter a paz no mundo.

As Nações Unidas são constituídas por seis órgãos principais: a Assembléia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, o Conselho de Tutela, o Tribunal Internacional de Justiça e o Secretariado. Todos eles estão situados na sede da ONU, em Nova York, com exceção do Tribunal, que fica em Haia, na Holanda.

Ligados à ONU há organismos especializados que trabalham em áreas tão diversas como saúde, agricultura, aviação civil, meteorologia e trabalho – por exemplo: OMS (Organização Mundial da Saúde), OIT (Organização Internacional do Trabalho), Banco Mundial e FMI (Fundo Monetário Internacional). Estes organismos especializados, juntamente com as Nações Unidas e outros programas e fundos (tais como o Fundo das Nações Unidas para a Infância, UNICEF), compõem o Sistema das Nações Unidas.

Declaração Universal dos Direitos Humanos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos marca outra fase de regulamentação dos direitos humanos e a necessidade de tornar a questão mais real. Teve sem dúvida como origem a Segunda Guerra Mundial onde as violações de direitos eram uma constante e as crueldades nazistas colocaram em pauta a própria existência da raça humana. Sendo assim a Declaração Universal foi aprovada, como um fenômeno do pós-guerra, com nenhum voto contrário e 45 votos favoráveis.

Elaborada a partir da Carta das Nações Unidas, retomando ideais franceses, declarou como valores supremos os direitos de liberdade, igualdade e fraternidade entre os seres humanos.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada pela ONU em 10 de dezembro de 1948, delineia os direitos humanos básicos.

Abalados pela barbárie recente e ensejosos de construir um mundo sob novos alicerces ideológicos, os dirigentes das nações que emergiram como potências no período pós-guerra, liderados por URSS e Estados Unidos estabeleceram na Conferência de Yalta, na Ucrânia, em 1945, as bases de uma futura “paz” definindo áreas de influência das potências e acertado a criação de uma Organização multilateral que promova negociações sobre conflitos internacionais, objetivando evitar guerras e promover a paz e a democracia e fortaleça os Direitos Humanos.

Embora não seja um documento que representa obrigatoriedade legal, serviu como base para os dois tratados sobre direitos humanos da ONU, de força legal, o Tratado Internacional dos Direitos Civis e Políticos, e o Tratado Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Continua a ser amplamente citado por acadêmicos, advogados e cortes constitucionais.

A Assembléia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.

Fontes de energia

8ª série - prof. Darcio Vasques

As fontes de energia podem ser convencionais ou alternativas. Energia convencional é caracterizada pelo baixo custo, grande impacto ambiental e tecnologia difundida. Já a energia alternativa é aquela originada como solução para diminuir o impacto ambiental. Com essas duas fontes de energia, surgem também duas distinções: renováveis e não-renováveis.

Renovável: é a energia que é extraída de fontes naturais capaz de se regenerar, consequentemente inesgotável. Ex: energia solar, energia eólica, etc.

Não-renovável: é a energia que se encontra na natureza em quantidades limitadas, que com sua utilização se extingue. Ex: petróleo, carvão mineral, etc.

Tipos de fontes de energia:

Biocombustíveis são combustíveis com fontes renováveis, obtidos a partir do beneficiamento de determinados vegetais, entre os quais podemos citar: cana-de-açúcar, plantas oleaginosas, resíduos agropecuários, eucalipto, além de muitos outros.

Carvão Vegetal é obtido a partir da queima ou carbonização de madeira, após esse processo resulta em uma substância negra.

No cotidiano o carvão vegetal é utilizado como combustível de aquecedores, lareira, churrasqueiras e fogões a lenha, além de abastecer alguns setores industriais como as siderúrgicas

Energia Hidrelétrica é a obtenção de energia elétrica através do aproveitamento do potencial hidráulico de um rio. Para que esse processo seja realizado é necessária a construção de usinas em rios que possuam elevado volume de água e que apresentem desníveis em seu curso.
A água passa por tubulações da usina com muita força e velocidade, realizando a movimentação das turbinas. Nesse processo, ocorre a transformação de energia potencial (energia da água) em energia mecânica (movimento das turbinas). As turbinas em movimento estão conectadas a um gerador, que é responsável pela transformação da energia mecânica em energia elétrica.

Energia Solar é uma opção na busca por alternativas menos agressivas ao meio ambiente, pois consiste numa fonte energética renovável e limpa (não emite poluente).

Carvão Mineral é um minério não-metálico, possui cor preta ou marrom com grande potencial combustível, uma vez queimado libera uma elevada quantidade de energia.
É constituído basicamente por carbono (quanto maior o teor de carbono mais puro é o carvão) e magnésio, sendo encontrado em forma de betume.
Esse carvão é considerado um combustível fóssil, pois as jazidas desse minério se formaram há milhões de anos; quando extensas florestas foram submersas, fazendo com que os restos de vegetais, que são ricos em carbono, se transformassem em um elemento rochoso. Esse é classificado em turfa, linhito, antracito e hulha, essa distinção existe em razão das condições ambientais e época de formação.

Energia Geotérmica se caracteriza pelo calor proveniente da Terra, é a energia calorífera gerada a menos de 64 quilômetros da superfície terrestre, em uma camada de rochas, chamada magma, que chega a atingir até 6.000°C.
O magma resulta das tremendas pressões abaixo da superfície e do calor gerado pela decomposição de substâncias radioativas, como o urânio e o tório. Encontrando fissuras na crosta terrestre, o magma explode em erupções vulcânicas, ou os gases liberados com o seu resfriamento aquecem águas subterrâneas que afloram na forma de gêiseres ou minas de água quente.

Energia Nuclear, também chamada atômica, é obtida a partir da fissão do núcleo do átomo de urânio enriquecido, liberando uma grande quantidade de energia. A energia nuclear mantém unida as partículas do núcleo de um átomo. A divisão desse núcleo em duas partes provoca a liberação de grande quantidade de energia.

Gás Natural é composto por uma mistura de hidrocarbonetos leves (metano, etano, propano, butano e outros gases em menores proporções) que submetido à temperatura ambiente e pressão atmosférica permanece no estado gasoso. É uma fonte energética encontrada na natureza em duas formas distintas. Ele pode ser obtido em jazidas e através da queima de biomassa (bagaço de cana-de-açúcar).

Energia eólica (Eolis, o deus dos ventos) é produzida pela movimentação do ar que formam os ventos e que impulsionam pás acopladas em geradores. Este ao girar gera energia elétrica.

Petróleo
O petróleo se formou a milhões de anos, a partir de matéria orgânica (restos de animais, vegetais e microrganismos) que se armazenou no fundo dos oceanos. Em razão da temperatura e da pressão sofrida, a matéria orgânica se transformou em um líquido viscoso, de coloração escura.
Esse importante recurso mineral é extraído todos os dias em várias partes do mundo, a unidade de medida usada é o barril, que equivale a 159 litros de petróleo. Após a extração do petróleo do subsolo ou do fundo do mar é transportado para as refinarias, onde o minério bruto é beneficiado e transformado em produtos como: gasolina, óleo diesel e querosene. A partir do petróleo são fabricados ainda: plásticos, borrachas sintéticas, asfalto, fertilizantes, fibras e muitos outros.

O continente africano e a globalização

8ª série - prof. Darcio Vasques

A África é hoje um continente pouco urbanizado, a alimentação se baseia predominantemente no extrativismo vegetal e na caça, e a população rural vive em habitações de barro e palha.

Conservam-se tradições primitivas e,
embora islamismo, catolicismo e protestantismo estejam presentes entre a população, o espírito de milhões de africanos é fortemente guiado pelo animismo.

Todos os países possuem graves problemas sociais básicos como alimentação, saúde, moradia e educação, a maioria sem perspectivas de solução a curto e médio prazos. O que a globalização tem a ver com o
continente africano?

O processo de globalização que hoje domina o cenário da economia internacional caracteriza-se pelo investimento dos grandes capitais em países de economia emergente, onde a possibilidade de lucro mostra-se maior. No entanto, nem todas as economias nacionais são alvo de interesse por parte dos principais investidores.

Nesse contexto, encaixa-se a maior parte dos países africanos, que está à margem desse processo. Atualmente, o capital disponível para investimento tem como preferência a América Latina, os países do Leste Europeu e asiáticos. Isso é um problema para a África, pois, sem esse capital, dificilmente se desenvolverá, devido à precariedade estrutural em que se encontra.

Do ponto de vista histórico, a vinculação africana ao mercado internacional foi desastrosa e desorganizadora da economia tribal, já que a relação dos países economicamente hegemônicos com o continente sempre foi exploradora e predatória. Durante o mercantilismo, o principal papel desempenhado pela África em relação ao mercado mundial foi o de fornecedor de mão-de-obra para o sistema escravocrata.

Na fase contemporânea da história, o interesse europeu volta-se para a expansão capitalista na forma de um neocolonialismo que submeterá o continente aos interesses exploratórios de recursos naturais e de mercado.

Quando o colonialismo termina, a independência pouco altera a situação da população, uma vez que a maior parte dos Estados Nacionais é opressora e perdulária, dominada seja por civis, seja por militares. Além disso, os
constantes conflitos étnicos colaboram para agravar a situação, gerando gastos e instabilidade política que retardam ainda mais o desenvolvimento.

Os efeitos de quase cinco séculos de exploração e estagnação justificam o isolamento africano. A defasagem de seu desenvolvimento social e econômico é imensa, inviabilizando sua inserção no processo de globalização.

África – a independência

8ª série - prof. Darcio Vasques


Na primeira metade do século XX, as potencias européias foram absolutas no vasto território africano.

O Reino Unido detinha as suas possessões na África Oriental, no Golfo da Guiné e África do Sul.

A França tinha colónias na costa atlântica e no golfo da Guiné até à foz do Rio Congo.

A Bélgica dominava ao longo da Baixa do Rio Congo e a sul dele.

Portugal estava em Angola, Moçambique, Guiné – Bissau e nas Ilhas de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

A Itália Fascista tinha tentado alargar as suas possessões do século XVII da Eritreia e da Somália com a invasão da Etiópia em 1936.

Até à 2ª Guerra Mundial, esta divisão manteve-se estável, provocando um lento processo de modernização das economias locais e uma aculturação ocidental parcial das populações, facilitando aos colonizadores a exploração dos recursos mineiros e agrícolas locais.

África tem assim duas economias paralelas: uma, ligada às exportações – importações para e da Europa; a outra de pura subsistência dos povos. Nasce daí uma dicotomia social entre quem pertencia aos sistemas produtivos e realidade cultural européia, e os que permaneciam na vida tribal das aldeias de sempre.

Nos anos 50, acendem-se os primeiros movimentos de independência.

Houve muita resistência da Europa com lutas sangrentas, mas foi obrigada a ceder aos novos grupos que nasciam localmente.

Esta descolonização apressada teve consequências negativas não esperadas pelas populações, pois a partilha territorial dos vastos Estados não tinha em conta a presença de etnias e tribos muito diferentes nas mesmas áreas geográficas, que entravam imediatamente em guerra.

Com a falta de experiência de uma classe dirigente africana e de estruturas politicas democráticas, formam-se regimes ditatoriais, guiados pelas tribos mais fortes.

As guerras arrastaram-se por muitos anos, continuando nalguns casos ainda a durar, como no Uganda, Somália, Burundi e Ruanda.

Na África do Sul (após o Apartheid), no Botswana ou no Quénia, aparentemente atingiu-se uma estabilidade com a proposta de novos equilíbrios sociais e um desenvolvimento duradouro.


Mamãe África

8ª Série - prof. Darcio Vasques

A África é um continente com 30,27 milhões de quilômetros quadrados de terras. Estas se localizam parte no hemisfério norte e parte no sul. Ao norte é banhado pelo mar Mediterrâneo; ao leste pelas águas do Oceano Índico e a oeste pelo Oceano Atlântico. O Sul do continente africano é banhado pelo encontro das águas destes dois oceanos.

A África é o segundo continente mais populoso do mundo (fica atrás somente da Ásia). Possui, aproximadamente, 800 milhões de habitantes.

É um continente basicamente agrário, pois cerca de 63% da população habitam o meio rural.

É um continente pobre com baixos índices de desenvolvimento econômico. O PIB (Produto Interno Bruto) corresponde a apenas 1% do PIB mundial. Grande parte dos países possui parques industriais pouco desenvolvidos, enquanto outros nem se quer são industrializados, vivendo basicamente da agricultura.

O principal bloco econômico africano é o SADC (Southern Africa Development Community), formado por 14 países: África do Sul, Angola, Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagascar, Malaui, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.

Além da agricultura, destaca-se a exploração de recursos minerais como ouro e diamante. Esta exploração gera pouca renda para os países, pois é feita por empresas multinacionais estrangeiras, principalmente da Europa.

Os países africanos que possuem um nível de desenvolvimento um pouco melhor do que a média do continente são: África do Sul, Egito, Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia.

Os principais problemas africanos são: fome, epidemias (a AIDS é a principal) e os conflitos étnicos armados (alguns países vivem em processo de guerra civil).

O analfabetismo é de aproximadamente 40%.

Colonização e a divisão do continente: a Conferência de Berlim

Conferência realizada em 1885. Serviu para redefinir alguns aspectos do mapa colonial dos finais do século XIX, com a divisão do continente africano, rico em matérias-primas, como alvo preferencial dos interesses das grandes potências industrializadas.

Teve como objetivo organizar, na forma de regras, a ocupação de África pelas potências coloniais e resultou numa divisão que não respeitou, nem a história, nem as relações étnicas e mesmo familiares dos povos do Continente.

Como resultado desta conferência, a Grã-Bretanha passou a administrar toda a África Austral, com exceção das colônias portuguesas de Angola e Moçambique e o Sudoeste Africano, toda a África Oriental, com exceção do Tanganica e partilhou a costa ocidental e o nTorte com a França, a Espanha e Portugal (Guiné-Bissau e Cabo Verde); o Congo – que estava no centro da disputa, continuou como “propriedade” da Associação Internacional do Congo, cujo principal acionista era o rei Leopoldo II da Bélgica; este país passou ainda a administrar os pequenos reinos das montanhas a leste, o Ruanda e o Burundi.

A maioria dos conflitos, muitos deles sangrentos, que são atualmente travados em África são, ainda, uma consequência desta Conferência de Berlim que retalhou o continente africano a régua e esquadro sem ter em linha de conta a distribuição geográfica das diferentes etnias.

Efeitos da Globalização

A onda da Globalização tem acentuado a situação de fragilidade de inúmeros povos. A oferta de quase todo continente como fonte de matérias-primas não é suficiente para gerar uma economia como alavanca de desenvolvimento, agravado por uma agricultura frágil, fomentando o acirramento de conflitos étnicos e políticos. A situação de extrema pobreza da maioria dos países não o torna atrativo de investimentos dos países desenvolvidos que preferem outros mercados consumidores.

África Austral é a parte sul de África, banhada pelo Oceano Índico na sua costa oriental e pelo Atlântico na costa ocidental.

A África Oriental é a parte da África banhada pelo Oceano Índico e inclui, não só os países costeiros e insulares, Comores, Djibouti, Eritreia, Etiópia, Quénia, Seychelles, Somália e Tanzânia, mas também alguns do interior, como Burundi, Ruanda e Uganda, além de Zimbabwe, Zâmbia e Malawi.

Intervenções militares dos EUA após Segunda Guerra Mundial


8ª Série - prof. Darcio Vasques

1947 – 1949 – GRÉCIA – Operação de invasão de Comandos dos EUA garantem vitória da extrema direita nas “eleições” gregas.
1947 – VENEZUELA –Invasão e derrubada d o presidente eleito Rómulo Gallego.
1948 – 1949 – CHINA –Invasão pela ultima vez o território chinês para evacuar cidadãos americanos antes da vitória comunista.
1950 – PORTO RICO –Esmagamento da revolução pela independência de Porto Rico.
1951 – 1953 – CORÉIA – Início do conflito entre a República Democrática da Coréia (Norte) e República da Coréia (Sul), na qual cerca de 3 milhões de pessoas morreram.
1954 – GUATEMALA –Golpe que derruba o presidente Jacobo Arbenz por ter nacionalizado a empresa United Fruit e impulsionado a Reforma Agrária.
1956 – EGITO – O presidente Nasser nacionaliza o canal de Suez. Tropas americanas ocupam o Canal de Suez. As forças egípcias obrigam a coalizão franco-israelense-britânica, a retirar-se do canal.
1958 – LÍBANO – Invasão do Líbano durante sua guerra civil.
1958 – PANAMÁ – Combate aos manifestantes nacionalistas panamenhos.
1961 – 1975 – VIETNÃ. Aliados ao sul-vietnamitas, o governo americano invade o Vietnã e tenta impedir, sem sucesso, a formação de um estado comunista.
1962 – LAOS – Ocupação d o Laos durante guerra civil contra guerrilhas do Pathet Lao.
1964 – PANAMÁ – Nova invasão do Panamá e matam 20 estudantes ao reprimirem a manifestação em que os jovens queriam trocar, na zona do canal, a bandeira americana pela bandeira e seu país.
1965 – 1966 – REPÚBLICA DOMINICANA – EUA conduz Joaquín Balaguer à presidência, consumando um golpe de estado que depôs o presidente eleito Juan Bosch. O país já fora ocupado pelos americanos de 1916 a 1924.
1966 – 1967 – GUATEMALA –Invasão do país.
1969 – 1975 – CAMBOJA – Militares americanos invadem e ocupam o Camboja.
1971 – 1975 – LAOS –Invasão sul-vietnamita bombardeando o território do vizinho Laos.
1975 – CAMBOJA – 28 marines americanos são mortos na tentativa de resgatar a tripulação do petroleiro estadunidense Mayaquez.
1980 – IRÃ –Oito militares americanos morreram no choque entre um helicóptero e um avião na tentativa de resgate de reféns na embaixada no Irã.
1982 – 1984 – LÍBANO – Os Estados Unidos invadiram o Líbano
1983 – 1984 – ILHA DE GRANADA – Invasão e execução do 1º ministro.
1983 – 1989 – HONDURAS –Invasão de Honduras
1986 – BOLÍVIA – Exército americano invade o território.
1989 – ILHAS VIRGENS – Invasão.
1989 – PANAMÁ – Invasão e prisão do presidente.
1990 – LIBÉRIA – Invasão da Libéria.
1992 – 1994 – SOMÁLIA – Invasão da Somália.
1994 – 1999 – HAITI – Invasão do país.
1996 – 1997 – ZAIRE (EX REPÚBLICA DO CONGO) – Invasão.
1997 – LIBÉRIA – Invasão.
1997 – ALBÂNIA – Invasão.
2001 – AFEGANISTÃO – Bombardeio, invasão e ocupação.
2003 – IRAQUE – Bombardeio, invasão e ocupação.
2010 - ?


O surgimento da hegemonia dos Estados Unidos da América

8ª série - prof. Darcio Vasques

Os EUA emergiram da Segunda Guerra Mundial como a mais forte economia do mundo, vivendo um rápido crescimento industrial e uma forte acumulação de capital. Os EUA não haviam sofrido as destruições da Segunda Guerra Mundial, tinham construído uma indústria manufatureira poderosa e enriqueceram vendendo armas e emprestando dinheiro aos outros combatentes

Na condição de maior potência mundial e uma das poucas nações não afetadas pela guerra, os EUA estavam em posição de ganhar mais do que qualquer outro país com a liberação do comércio mundial. Os EUA teriam com isso um mercado mundial para suas exportações, e teriam acesso irrestrito a matérias-primas vitais.

Os Estados Unidos são responsáveis por cerca de 25% de toda a produção de bens e geração de serviços no mundo, ou seja, um quarto do PIB mundial (cerca de 11,7 trilhões de dólares, em 2004), índice superior à soma do PIB dos outros três países mais ricos do mundo (Japão, Alemanha e França). No início do século XXI.

Vários países, inclusive alguns desenvolvidos, dependem dos Estados Unidos, em termos de comércio exterior. O Japão, por exemplo, a segunda maior economia do planeta (PIB de aproximadamente 4,7 trilhões de dólares, em 2004), realiza cerca de um terço de suas exportações para o mercado norte-americano.

Até mesmo as decisões tomadas pela ONU interagem, com freqüência, para atender aos interesses norte-americanos. Manifesta-se, ainda, nas políticas estabelecidas pelos organismos internacionais, como o FMI e o Banco Mundial.

Os Estados Unidos atingiram uma posição privilegiada em capacidade bélica. Seu aparato tecnológico aplicado à estrutura militar, ao uso de satélites artificiais e radares, a sua frota de porta-aviões (cada qual com um poderio superior ao da maior parte dos exércitos do mundo), aos submarinos nucleares e a sua força aérea. O orçamento militar anual dos Estados Unidos, sozinho, é equivalente aos orçamentos de todos os países do planeta reunidos

Apesar dessa supremacia, é preciso ressaltar que o modelo de desenvolvimento dos Estados Unidos não é considerado um exemplo a ser seguido, principalmente quando se leva em conta a política externa norte-americana, que promove invasões, guerras e participa na deposição de governos em diversos países; os vultosos gastos em armamentos; o intenso uso de recursos naturais.

Do ponto de vista geopolítico, a ordem mundial inaugurada após a Guerra Fria passou a ser comandada pelos interesses dos Estados Unidos, respaldados por sua incontestável supremacia militar. A multipolaridade econômica que caracteriza o mundo atual tem como contrapartida a unipolaridade militar, centralizada no poderio norte-americano.

A política externa norte-americana, no início do século XXI, tem sido marcada pelo unilateralismo, ou seja, os Estados Unidos vêm tomando medidas que, independentemente das posições e necessidades de outros países, visam atender a seus interesses e manter sua supremacia.


Neoliberalismo

8ª série - prof. Darcio Vasques

Podemos definir o neoliberalismo como um conjunto de idéias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de comércio (livre mercado), pois este princípio garante o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.

Surgiu na década de 1970, através da Escola Monetarista do economista Milton Friedman, como uma solução para a crise que atingiu a economia mundial em 1973, provocada pelo aumento excessivo no preço do petróleo.

Características do Neoliberalismo (princípios básicos):

- mínima participação estatal nos rumos da economia de um país;
- pouca intervenção do governo no mercado de trabalho;
- política de privatização de empresas estatais;
- livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização;
- abertura da economia para a entrada de multinacionais;
- adoção de medidas contra o protecionismo econômico;
- desburocratização do estado: leis e regras econômicas mais simplificadas para facilitar o funcionamento das atividades econômicas;
- diminuição do tamanho do estado, tornando-o mais eficiente;
- posição contrária aos impostos e tributos excessivos;
- aumento da produção, como objetivo básico para atingir o desenvolvimento econômico;
- contra o controle de preços dos produtos e serviços por parte do estado, ou seja, a lei da oferta e demanda é suficiente para regular os preços;
- a base da economia deve ser formada por empresas privadas;
- defesa dos princípios econômicos do capitalismo.

Críticas ao neoliberalismo

Os críticos ao sistema afirmam que a economia neoliberal só beneficia as grandes potências econômicas e as empresas multinacionais. Os países pobres ou em processo de desenvolvimento (Brasil, por exemplo) sofrem com os resultados de uma política neoliberal. Nestes países, são apontadas como causas do neoliberalismo: desemprego, baixos salários, aumento das diferenças sociais e dependência do capital internacional.

Pontos positivos

Os defensores do neoliberalismo acreditam que este sistema é capaz de proporcionar o desenvolvimento econômico e social de um país. Defendem que o neoliberalismo deixa a economia mais competitiva, proporciona o desenvolvimento tecnológico e, através da livre concorrência, faz os preços e a inflação caírem.

Blocos Econômicos - Regionalização


8 ª série - prof. Darcio Vasques

Regionalização

É a divisão de um grande espaço, com critérios previamente estabelecidos, em áreas menores que passam a ser chamadas de regiões

Os blocos comerciais, ou blocos econômicos, são agrupamentos de países que têm como objetivo a integração econômica e/ou social.

Os blocos econômicos

Surgiram com o propósito de permitir uma maior integração econômica dos países membros visando um aumento da prosperidade geral.

A fase inicial caracteriza-se, normalmente, pela constituição de uma área de livre comércio, que tem como objetivo a isenção das tarifas de importação de produtos entre os países membros. Deste modo, um artigo produzido num país poderá ser vendido noutro sem quaisquer impedimentos fiscais, respeitando-se apenas as normas sanitárias ou outras legislações restritivas que eventualmente apareçam.

Numa união aduaneira, os objetivos são mais amplos, abrangendo a criação de regras comuns de comércio com países exteriores ao bloco.

O mercado comum implica numa integração econômica mais profunda, com a adoção das mesmas normas de comércio interno e externo, unificando as economias e, num estágio mais avançado, as moedas e instituições.

Com a economia mundial globalizada, a tendência comercial é a formação de blocos econômicos. Estes são criados com a finalidade de facilitar o comércio entre os países membros. Adotam redução ou isenção de impostos ou de tarifas alfandegárias e buscam soluções em comum para problemas comerciais.

Em tese, o comércio entre os países constituintes de um bloco econômico aumenta e gera crescimento econômico para os países. Geralmente estes blocos são formados por países vizinhos ou que possuam afinidades culturais ou comerciais. Esta é a nova tendência mundial, pois cada vez mais o comércio entre blocos econômicos cresce. Economistas afirmam que ficar de fora de um bloco econômico é viver isolado do mundo comercial.

UNIÃO EUROPÉIA
A União Européia (UE) foi oficializada no ano de 1992, através do Tratado de Maastricht. Este bloco é formado pelos seguintes países : Alemanha, França, Reino Unido, Irlanda, Holanda (Países Baixos), Bélgica, Dinamarca, Itália, Espanha, Portugal, Luxemburgo, Grécia, Áustria, Finlândia e Suécia. Este bloco possui uma moeda única que é o EURO, um sistema financeiro e bancário comum. Os cidadãos dos países membros são também cidadãos da União Européia e, portanto, podem circular e estabelecer residência livremente pelos países da União Européia.
A União Européia também possui políticas trabalhistas, de defesa, de combate ao crime e de imigração em comum. A UE possui os seguintes órgãos : Comissão Européia, Parlamento Europeu e Conselho de Ministros.

NAFTA
Fazem parte do NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio) os seguintes países: Estados Unidos, México e Canadá. Começou a funcionar no início de 1994 e oferece aos países membros vantagens no acesso aos mercados dos países. Estabeleceu o fim das barreiras alfandegárias, regras comerciais em comum, proteção comercial e padrões e leis financeiras. Não é uma zona livre de comércio, porém reduziu tarifas de aproximadamente 20 mil produtos.

MERCOSUL
O Mercosul ( Mercado Comum do Sul ) foi oficialmente estabelecido em março de 1991. É formado pelos seguintes países da América do Sul : Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. Futuramente, aguarda-se se a entrada de novos membros, como Venezuela, Chile e a Bolívia. O objetivo principal do Mercosul é eliminar as barreiras comerciais entre os países, aumentando o comércio entre eles. Outro objetivo é estabelecer tarifa zero entre os países e num futuro próximo, uma moeda única.

PACTO ANDINO (CAN)
Outro bloco econômico da América do Sul é formado por: Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. Foi criado no ano de 1969 para integrar economicamente os países membros. As relações comerciais entre os países membros chegam a valores importantes, embora os Estados Unidos sejam o principal parceiro econômico do bloco.

APEC
A APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) foi criada em 1993 na Conferência de Seattle (Estados Unidos da América). Integram este bloco econômicos os seguintes países: Estados Unidos da América, Japão, China, Formosa (também conhecida como Taiwan), Coréia do Sul, Hong Kong, Cingapura, Malásia, Tailândia, Indonésia, Brunei, Filipinas, Austrália, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Canadá, México, Rússia, Peru, Vietnã e Chile. Somadas as produções industriais de todos os países, chega-se a metade de toda produção mundial. Quando estiver em pleno funcionamento (previsão para 2020), será o maior bloco econômico do mundo.

BENELUX
Considerado o embrião da União Européia, este bloco econômico envolve a Bélgica, Holanda e Luxemburgo. O BENELUX foi criado em 1958 e entrou em operação em 1 de novembro de 1960.

ALCA
A ALCA (Área de Livre Comércio das Américas) é uma proposta dos EUA de integração comercial que, se concluída, abrangerá todos os países das Américas, com exceção de Cuba. Os países-membros da ALCA terão, entre si, preferências tarifárias. O objetivo é que as tarifas para o comércio intrabloco sejam reduzidas até que fiquem zeradas, facilitando o fluxo de bens e serviços na região

CEI
Criada em 1991, a Comunidade dos Estados Independentes (CEI) constitui-se num bloco político-econômico que reúne 12 das 15 repúblicas que formavam a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
A CEI, com uma população de 273,7 milhões de habitantes, está organizada em um confederação de Estados, que preserva a soberania de cada um. A Comunidade prevê a centralização de Forças Armadas e o uso de uma moeda comum: o Rublo. Seu PIB é estimado em US$ 587,8 bilhões.
São Países-Membros da CEI: Armênia, Belarus, Cazaquistão, Federação Russa, Moldávia, Quirquistão, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia, Uzbequestão, desde 1991, e Geórgia e Azerbaidjão, a partir 1993.

Globalização - Integração das economias mundiais

8ª série - prof. Darcio Vasques

Desde a sua origem, o capitalismo integrou o mundo numa única economia, com as grandes navegações, a descoberta de novas rotas e terras e o colonialismo. No entanto, utiliza-se o conceito de globalização para indicar o processo relativamente recente da internacionalização das relações econômicas capitalistas, apoiado em novas tecnologias de transporte e telecomunicações e na ampliação da capacidade produtiva.

Após a Segunda Guerra Mundial, essas tecnologias eliminaram os obstáculos técnicos para uma maior integração da economia: o avanço das telecomunicações com uso da tecnologia de satélites, a popularização da informática, a maior eficiência dos meios de transportes internacionais e a expansão sem precedentes das empresas multinacionais conectaram o mundo todo.

A Internet possibilitou a formação não só de redes de comunicação instantânea, em tempo real, como redes de produção, de serviços (comércio e entretenimento) e de investimentos com a possibilidade de realização de atividades simultâneas entre os pontos mais distantes do planeta.

Há pouco mais de uma década o processo de globalização teve maior impacto no Brasil. No início dos anos de 1990, o país passou a adotar políticas econômicas neoliberais, abrindo seu mercado interno, reduzindo barreiras protecionistas, criando maiores facilidades para a entrada de mercadorias e de investimentos externos, como aplicações financeiras e investimentos produtivos. A idéia era contar com o capital estrangeiro para retomar o crescimento econômico.

A Segunda Guerra Mundial foi um conflito bélico ocorrido no Século XX, envolvendo as forças armadas de mais de setenta países
A guerra começou em 1 de setembro de 1939 [1] com a invasão da Polônia pela Alemanha, prolongando-se até 2 de setembro de 1945.

Neoliberalismo é um conjunto de idéias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia e total liberdade de comércio (livre mercado), pois este princípio garantiria o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.


Cláudio Mendonça

Globalização

8ª série - prof. Darcio Vasques

A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, que teria sido impulsionado pelo barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI.

É um fenômeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global que permita maiores mercados para os países centrais (ditos desenvolvidos) cujos mercados internos já estão saturados.

O processo de Globalização diz respeito à forma como os países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando em consideração aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos. Com isso, gerando a fase da expansão capitalista, onde é possível realizar transações financeiras, expandir seu negócio até então restrito ao seu mercado de atuação para mercados distantes e emergentes, sem necessariamente um investimento alto de capital financeiro, pois a comunicação no mundo globalizado permite tal expansão, porém, obtêm-se como consequência o aumento acirrado da concorrência.

Regionalização do Espaço Geográfico

8ª série - prof. Darcio Vasques

Guerra Fria

A Guerra Fria é a designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991). Em resumo, foi um conflito de ordem política, militar, econômica, social e ideológica entre as duas nações e suas zonas de influência.

É chamada "fria" porque não houve uma guerra direta, ou seja bélica, "quente", entre as duas superpotências, dada a inviabilidade da vitória em uma batalha nuclear. A corrida armamentista pela construção de um grande arsenal de armas nucleares foi o objetivo central durante a primeira metade da Guerra Fria, estabilizando-se na década de 1960 até a década de 1970 e sendo reativada nos anos 1980 com o projeto do presidente estadunidense Ronald Reagan chamado de "Guerra nas Estrelas".

A divisão corrente era:

Países do Primeiro Mundo: Capitalistas desenvolvidos
Países do Segundo Mundo: Socialistas
Países do Terceiro Mundo: Capitalistas e socialistas pobres

Nova Ordem Mundial

A Nova Ordem Mundial também é um conceito sócio-econômico-político que faz referência ao contexto histórico do mundo pós-Guerra Fria. Foi utilizada pelo presidente norte-americano Ronald Reagan na década de 1980, referindo-se ao processo de queda da União Soviética e ao rearranjo geopolítico das potências mundiais.

1 - Países Centrais:
São países com economia pós-industrial, maior grau de desenvolvimento e população urbana. Estão localizados na América do Norte, Europa e em alguns territórios asiáticos.
O maior lucro destes países está em atividades industriais, bancos e outras instituições financeiras

2 - Países Semiperiféricos:
Países em desenvolvimento ou Países Emergentes, se encontram em fase de desenvolvimento industrial, com maioria da população concentrada nas cidades. São menos desenvolvidos do que os Países Centrais e mais desenvolvidos do que os Países Periféricos
Ex. BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), África do Sul, a Argentina, Chile, México e Turquia.

2 - Países Periféricos
São países com economia primitiva, baseada na agropecuária e na exportação de matérias primas. Tem o menor grau de desenvolvimento e estão localizados na África, América Central e Oriente Médio.

A Nova Ordem Mundial, um mundo multipolarizado, um mundo subordinado ao sistema capitalista e com a hegemonia dos Estados Unidos e das grandes corporações internacionais.

Fontes de energia

7ª série - prof. Darcio

As fontes de energia podem ser convencionais ou alternativas. Energia convencional é caracterizada pelo baixo custo, grande impacto ambiental e tecnologia difundida. Já a energia alternativa é aquela originada como solução para diminuir o impacto ambiental. Com essas duas fontes de energia, surgem também duas distinções: renováveis e não-renováveis.

Renovável: é a energia que é extraída de fontes naturais capaz de se regenerar, consequentemente inesgotável. Ex: energia solar, energia eólica, etc.

Não-renovável: é a energia que se encontra na natureza em quantidades limitadas, que com sua utilização se extingue. Ex: petróleo, carvão mineral, etc.

Tipos de fontes de energia:

Biocombustíveis são combustíveis com fontes renováveis, obtidos a partir do beneficiamento de determinados vegetais, entre os quais podemos citar: cana-de-açúcar, plantas oleaginosas, resíduos agropecuários, eucalipto, além de muitos outros.

Carvão Vegetal é obtido a partir da queima ou carbonização de madeira, após esse processo resulta em uma substância negra.
No cotidiano o carvão vegetal é utilizado como combustível de aquecedores, lareira, churrasqueiras e fogões a lenha, além de abastecer alguns setores industriais como as siderúrgicas

Energia Hidrelétrica é a obtenção de energia elétrica através do aproveitamento do potencial hidráulico de um rio. Para que esse processo seja realizado é necessária a construção de usinas em rios que possuam elevado volume de água e que apresentem desníveis em seu curso.
A água passa por tubulações da usina com muita força e velocidade, realizando a movimentação das turbinas. Nesse processo, ocorre a transformação de energia potencial (energia da água) em energia mecânica (movimento das turbinas). As turbinas em movimento estão conectadas a um gerador, que é responsável pela transformação da energia mecânica em energia elétrica.

Energia Solar é uma opção na busca por alternativas menos agressivas ao meio ambiente, pois consiste numa fonte energética renovável e limpa (não emite poluente).

Carvão Mineral é um minério não-metálico, possui cor preta ou marrom com grande potencial combustível, uma vez queimado libera uma elevada quantidade de energia.
É constituído basicamente por carbono (quanto maior o teor de carbono mais puro é o carvão) e magnésio, sendo encontrado em forma de betume.
Esse carvão é considerado um combustível fóssil, pois as jazidas desse minério se formaram há milhões de anos; quando extensas florestas foram submersas, fazendo com que os restos de vegetais, que são ricos em carbono, se transformassem em um elemento rochoso. Esse é classificado em turfa, linhito, antracito e hulha, essa distinção existe em razão das condições ambientais e época de formação.

Energia Geotérmica se caracteriza pelo calor proveniente da Terra, é a energia calorífera gerada a menos de 64 quilômetros da superfície terrestre, em uma camada de rochas, chamada magma, que chega a atingir até 6.000°C.
O magma resulta das tremendas pressões abaixo da superfície e do calor gerado pela decomposição de substâncias radioativas, como o urânio e o tório. Encontrando fissuras na crosta terrestre, o magma explode em erupções vulcânicas, ou os gases liberados com o seu resfriamento aquecem águas subterrâneas que afloram na forma de gêiseres ou minas de água quente.

Energia Nuclear, também chamada atômica, é obtida a partir da fissão do núcleo do átomo de urânio enriquecido, liberando uma grande quantidade de energia. A energia nuclear mantém unida as partículas do núcleo de um átomo. A divisão desse núcleo em duas partes provoca a liberação de grande quantidade de energia.

Gás Natural é composto por uma mistura de hidrocarbonetos leves (metano, etano, propano, butano e outros gases em menores proporções) que submetido à temperatura ambiente e pressão atmosférica permanece no estado gasoso. É uma fonte energética encontrada na natureza em duas formas distintas. Ele pode ser obtido em jazidas e através da queima de biomassa (bagaço de cana-de-açúcar).

Energia eólica (Eolis, o deus dos ventos) é produzida pela movimentação do ar que formam os ventos e que impulsionam pás acopladas em geradores. Este ao girar gera energia elétrica.

Petróleo
O petróleo se formou a milhões de anos, a partir de matéria orgânica (restos de animais, vegetais e microrganismos) que se armazenou no fundo dos oceanos. Em razão da temperatura e da pressão sofrida, a matéria orgânica se transformou em um líquido viscoso, de coloração escura.
Esse importante recurso mineral é extraído todos os dias em várias partes do mundo, a unidade de medida usada é o barril, que equivale a 159 litros de petróleo. Após a extração do petróleo do subsolo ou do fundo do mar é transportado para as refinarias, onde o minério bruto é beneficiado e transformado em produtos como: gasolina, óleo diesel e querosene. A partir do petróleo são fabricados ainda: plásticos, borrachas sintéticas, asfalto, fertilizantes, fibras e muitos outros.

O continente africano e a globalização

7ª série - prof. Darcio Vasques

A África é hoje um continente pouco urbanizado, a alimentação se baseia predominantemente no extrativismo vegetal e na caça, e a população rural vive em habitações muito simples. Conservam-se as tradições primitivas.

Todos os países possuem graves problemas sociais básicos como alimentação, saúde, moradia e educação, a maioria sem perspectivas de solução a curto e médio prazos.

O processo de globalização que hoje domina o cenário da economia internacional caracteriza-se pelo investimento dos grandes capitais em países de economia emergente, onde a possibilidade de lucro mostra-se maior.

Nesse contexto, encaixa-se a maior parte dos países africanos, que está à margem desse processo. Atualmente, o capital disponível para investimento tem como preferência a América Latina, os países europeu e asiáticos. Isso é um problema para a África, pois, sem esse capital, dificilmente se desenvolverá, devido à precariedade estrutural em que se encontra.

Do ponto de vista histórico, a vinculação africana ao mercado internacional foi desastrosa e desorganizadora da economia tribal, já que a relação dos países ricos com o continente sempre foi exploradora e predatória como de fornecedor de mão-de-obra para o sistema escravocrata.

Na fase atual da história, o interesse europeu volta-se para a expansão capitalista na forma de um neocolonialismo que submeterá o continente aos interesses exploratórios de recursos naturais e de mercado.

Quando o colonialismo termina, a independência pouco altera a situação da população, uma vez que a maior parte dos Estados Nacionais é opressora e perdulária, dominada seja por civis, seja por militares. Além disso, os
constantes conflitos étnicos colaboram para agravar a situação, gerando gastos e instabilidade política que retardam ainda mais o desenvolvimento.

Os efeitos de quase cinco séculos de exploração e estagnação provocaram o isolamento africano. A defasagem de seu desenvolvimento social e econômico é imensa, inviabilizando sua inserção no processo de globalização.

África – a independência

7ª série - prof. Darcio Vasques

Na primeira metade do século XX, as potencias européias foram absolutas no vasto território africano.

O Reino Unido detinha as suas possessões na África Oriental, no Golfo da Guiné e África do Sul.

A França tinha colônias na costa atlântica e no golfo da Guiné até à foz do Rio Congo.

A Bélgica dominava ao longo da Baixa do Rio Congo e a sul dele.

Portugal estava em Angola, Moçambique, Guiné – Bissau e nas Ilhas de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

A Itália Fascista tinha tentado alargar as suas possessões do século XVII da Eritreia e da Somália com a invasão da Etiópia em 1936.

Até à 2ª Guerra Mundial, esta divisão manteve-se estável, provocando um lento processo de modernização das economias locais e uma aculturação ocidental parcial das populações, facilitando aos colonizadores a exploração dos recursos mineiros e agrícolas locais.

África tem assim duas economias paralelas: uma, ligada às exportações – importações para e da Europa; a outra de pura subsistência dos povos. Nasce daí uma dicotomia social entre quem pertencia aos sistemas produtivos e realidade cultural européia, e os que permaneciam na vida tribal das aldeias de sempre.

Nos anos 50, acendem-se os primeiros movimentos de independência.

Houve muita resistência da Europa com lutas sangrentas, mas foi obrigada a ceder aos novos grupos que nasciam localmente.

Esta descolonização apressada teve consequências negativas não esperadas pelas populações, pois a partilha territorial dos vastos Estados não tinha em conta a presença de etnias e tribos muito diferentes nas mesmas áreas geográficas, que entravam imediatamente em guerra.

Com a falta de experiência de uma classe dirigente africana e de estruturas poli ticas democráticas, formam-se regimes ditatoriais, guiados pelas tribos mais fortes.

As guerras arrastaram-se por muitos anos, continuando nalguns casos ainda a durar, como no Uganda, Somália, Burundi e Ruanda.

Na África do Sul (após o Apartheid), no Botswana ou no Quénia, aparentemente atingiu-se uma estabilidade com a proposta de novos equilíbrios sociais e um desenvolvimento duradouro.


Mamãe África

7ª Série - prof. Darcio Vasques

A África é um continente com 30,27 milhões de quilômetros quadrados de terras. Estas se localizam parte no hemisfério norte e parte no sul. Ao norte é banhado pelo mar Mediterrâneo; ao leste pelas águas do Oceano Índico e a oeste pelo Oceano Atlântico. O Sul do continente africano é banhado pelo encontro das águas destes dois oceanos.

A África é o segundo continente mais populoso do mundo (fica atrás somente da Ásia). Possui, aproximadamente, 800 milhões de habitantes.

É um continente basicamente agrário, pois cerca de 63% da população habitam o meio rural, enquanto somente 37 % moram em cidades.

É um continente pobre com baixos índices de desenvolvimento econômico. O PIB (Produto Interno Bruto) corresponde a apenas 1% do PIB mundial. Grande parte dos países possui parques industriais pouco desenvolvidos, enquanto outros nem se quer são industrializados, vivendo basicamente da agricultura.

O principal bloco econômico africano é o SADC (Southern Africa Development Community), formado por 14 países: África do Sul, Angola, Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagascar, Malaui, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.

Além da agricultura, destaca-se a exploração de recursos minerais como ouro e diamante. Esta exploração gera pouca renda para os países, pois é feita por empresas multinacionais estrangeiras, principalmente da Europa.

Os países africanos que possuem um nível de desenvolvimento um pouco melhor do que a média do continente são: África do Sul, Egito, Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia.

Os principais problemas africanos são: fome, epidemias (a AIDS é a principal) e os conflitos étnicos armados (alguns países vivem em processo de guerra civil).

O analfabetismo, por exemplo, é de aproximadamente 40%.

Colonização e a divisão do continente: a Conferência de Berlim

Conferência realizada em 1885. Serviu para redefinir alguns aspectos do mapa colonial dos finais do século XIX, com a divisão do continente africano, rico em matérias-primas, como alvo preferencial dos interesses das grandes potências industrializadas.

Teve como objetivo organizar, na forma de regras, a ocupação de África pelas potências coloniais e resultou numa divisão que não respeitou, nem a história, nem as relações étnicas e mesmo familiares dos povos do Continente.

Como resultado desta conferência, a Grã-Bretanha passou a administrar toda a África Austral, com excepção das colónias portuguesas de Angola e Moçambique e o Sudoeste Africano, toda a África Oriental, com excepção do Tanganica e partilhou a costa ocidental e o norte com a França, a Espanha e Portugal (Guiné-Bissau e Cabo Verde); o Congo – que estava no centro da disputa, continuou como “propriedade” da Associação Internacional do Congo, cujo principal acionista era o rei Leopoldo II da Bélgica; este país passou ainda a administrar os pequenos reinos das montanhas a leste, o Ruanda e o Burundi.

A maioria dos conflitos, muitos deles sangrentos, que são actualmente travados em África são, ainda, uma consequência desta Conferência de Berlim que retalhou o continente africano a régua e esquadro sem ter em linha de conta a distribuição geográfica das diferentes etnias.

Ciclos tecnológicos da Revolução Industrial

7ª Série - prof. Darcio Vasques

A Revolução Industrial divide a história das civilizações em duas épocas nitidamente diferentes.

Antes dela, a economia repousava sobre uma base técnica que evoluía apenas muito lentamente.

Depois dela, a transformação tecnológica transformou-se no fundamento da vida econômica. Do ponto de vista social e cultural, as civilizações pré-industriais norteavam-se pela tradição, enquanto a civilização industrial orienta-se pela mudança.

A economia industrial desenvolve-se, desde o nascimento das primeiras fábricas, através de ciclos longos que começam com uma fase de rápido crescimento e acumulação de capital.

Quando um conjunto de novas tecnologias encontra aplicação produtiva, as tecnologias tradicionais são "destruídas", isto é, deixam de criar produtos capazes de competir no mercado e acabam sendo abandonadas.

Os ciclos econômicos longos estão associados às formas de organização do espaço geográfico. A energia hidráulica, fundamento dos primórdios da industrialização, atraiu as fábricas para as margens dos cursos de água. A máquina a vapor, desde meados do século XIX, atraiu as fábricas para os depósitos carboníferos. O advento das ferrovias possibilitou a exploração de novas terras pela agropecuária comercial. A energia elétrica libertou a indústria das localizações tradicionais e revolucionou a divisão técnica do trabalho no interior das fábricas..

A revolução tecnocientífica

A economia mundial capitalista conheceu um período de intensa vitalidade após a Segunda Guerra Mundial. Esse ciclo de prosperidade, que correspondeu à quarta onda de inovação tecnológica, entrou em declínio na década de 1970.

A revolução tecnocientífica confirmou a liderança econômica dos Estados Unidos.
Enquanto se esgotava o padrão tecnológico do pós-guerra, uma nova onda de inovações estava a caminho. Os seus fundamentos repousam sobre a emergência das tecnologias da microeletrônica e da transmissão de informações, de um lado, e sobre a automatização e a robotização dos processos produtivos, de outro. Essa onda de inovações, que continua a se desenvolver, ficou conhecida como revolução tecnocientífica.

O ritmo acelerado da substituição tecnológica caracterizou todas as ondas de inovações.

Tecnologias recentes são rapidamente superadas e tornam-se obsoletas. Os produtos que as incorporam exibem ciclo de vida curto, o que impulsiona o consumo e amplia as margens de lucro das empresas. Logo, acumulam-se "ruínas tecnológicas", sob a forma de mercadorias que, poucos anos antes, foram consideradas exemplares da mais refinada técnica. Essa característica marcou, desde o início, a "era da informação".


Demétrio Magnoli

As Três Revoluções Industriais

7ª Série - prof. Darcio Vasques

1ª: Revolução Industrial - industrialização das cidades- introdução de manufaturas e máquinas à vapor

2ª Revolução Industrial - mecanização - introdução a transformações metálicas - transformação do ferro em aço)

3ª Revolução Industrial - robótica - introdução á tecnologia em nível avançado - computadorizado.

A Primeira Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra, no século XVIII (1780-1830). O ramo característico é o têxtil de algodão. Ao seu lado, aparece a siderurgia (aço).

A tecnologia característica é a máquina de fiar, o tear mecânico. Todas são máquinas movidas a vapor originado da combustão do carvão. O sistema de transporte característico é a ferrovia, além da navegação marítima, também movida à energia do vapor do carvão.

A base do sistema é o trabalho assalariado, cujo cerne é o trabalhador por ofício. Um trabalhador qualificado é geralmente pago por peça.

A Segunda Revolução Industrial começou por volta de 1870. Mas a transparência de um novo ciclo só se deu nas primeiras décadas do século XX. Ocorre nos anos da Primeira e, principalmente, da Segunda Guerra Mundial. Tem suas bases nos ramos metalúrgico e químico.

O aço torna-se um material tão básico que é nele que a siderurgia ganha sua grande expressão. A indústria automobilística assume grande importância.

A tecnologia característica desse período é o aço, a metalurgia, a eletricidade, a eletromecânica, o petróleo, o motor a explosão e a petroquímica. A eletricidade e o petróleo são as principais formas de energia.

A forma mais característica de automação é a linha de montagem, criada por Ford (1920), com a qual introduz na indústria a produção padronizada, em série e em massa.

A Terceira Revolução Industrial tem início na década de 1970, tendo por base a alta tecnologia, a tecnologia de ponta (HIGH-TECH). A tecnologia característica desse período técnico é a microeletrônica, a informática, a máquina CNC (Controle Numérico Computadorizado), o robô, o sistema integrado à telemática (telecomunicações informatizadas), a biotecnologia.

A Revolução Industrial

7ª série - prof. Darcio Vasques

A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.

A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor. Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados.

Avanços da Tecnologia

O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas à vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. A máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.

Locomotiva: importante avanço nos meios de transporte
Podemos destacar a invenção das locomotivas à vapor (maria fumaça) e os trens à vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos.

A Fábrica

As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.

Reação dos trabalhadores

Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados.
Empregos.

A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram conseqüências nocivas para a sociedade.

Até os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em desenvolvimento.

Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por máquinas e robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos tem faltado empregos para a população.

Capitalismo comercial

7ª série - prof. Darcio Vasques

Contexto Histórico

- europeus em busca de especiarias (cravo, canela, pimenta, noz-moscada)
- Pioneirismo de Portugal : caravelas, experiência, dinheiro
- Escola de Sagres - estudos náuticos
- Apoio dos reis (queriam mais impostos) e Igreja Católica (queria mais fiéis)

Planejamento das Navegações

- Necessidade de conhecimentos de Astronomia
- Desenvolvimento de Instrumentos de navegação: astrolábio, bússola e balestilha
- As Caravelas : mais resistentes e maior capacidade de transporte
- Desafios : desconhecimento, monstros (imaginário), terra plana, tempestades

“Descobrimentos” de Portugal

- Vasco da Gama (1498) – Índias - contornando a África
- Cabral (1500) – Chega ao Brasil de passagem para as Índias (viagem de reconhecimento)
- Portugal : lucros fabulosos com o comércio de especiarias e maior potência da época

“Descobrimentos” da Espanha

- Cristovão Colombo chega à América (1492)
- Projeto era: chegar às Índias, navegando para o Oeste
- Encontro de culturas (“choque cultural”) – Europeus X Indígenas

A Guerra de Conquista

- Primeiros Contatos com os indígenas: amistosos e amigáveis
- Conquista espanhola: uso de armas de fogo e transmissão de doenças,
- Objetivo: ouro e terras dos Incas, Maias e Asteca

No século XV, o comércio já era a principal atividade econômica da Europa. Os comerciantes, ou a classe burguesa, já tinham acumulado grandes capitais realizando o comércio com a África e a Ásia, através do mar Mediterrâneo. O capital tornou-se a principal fonte de riqueza, substituindo a terra, do período feudal. O capital podia ser acumulado ou obtido: por meio da ampliação cada vez maior do comércio; por meio da exploração do ouro e da prata.

A expansão do comércio gerou a necessidade de se aumentar a produção, principalmente a artesanal. Os artesãos mais ricos começaram a comprar as oficinas dos artesão mais pobres. Estes se transformaram, então, em trabalhadores assalariados, e o número de empregados nas oficinas foi aumentando.

A fase de acumulação do capital por meio do lucro obtido com o comércio e, ainda, por meio da exploração do trabalho do homem, seja o assalariado ou o escravo, recebeu o nome de Capitalismo Comercial ou Mercantilismo. Nesta fase do capitalismo, nos séculos XV e XVI, ocorreu a expansão marítimo-comercial. A expansão marítima européia fez ressurgir o colonialismo.

Foi o período das Grandes Navegações e descobrimentos, das conquistas territoriais, e também da escravização e genocídio de milhões de nativos da América e da África.

Era dos Descobrimentos

7ª Série - prof. Darcio Vasques

Era dos descobrimentos é a designação dada ao período da história que decorreu entre o início do século XV até ao início do século XVII, durante o qual os Europeus realizaram intensas explorações oceânicas do globo terrestre em busca de novas rotas de comércio. Os historiadores geralmente referem-se a Era dos descobrimentos às explorações oceânicas pioneiras realizadas por portugueses e espanhóis entre os séculos XV e XVI, que estabeleceram relações com África, Américas e Ásia, em busca de uma rota alternativa para o Oriente, movidos pelo comércio de ouro, prata e especiarias. Estas explorações no Atlântico e Índico foram seguidas pelos países do norte da Europa, França, Inglaterra e Holanda, que exploraram as rotas comerciais Portuguesas e Espanholas até ao Oceano Pacífico, chegando à Austrália em 1606 e à Nova Zelândia em 1642.

A exploração europeia perdurou até realizar o mapeamento global do mundo, resultando numa nova mundivisão e no contacto entre civilizações distantes, alcançando as fronteiras mais remotas muito mais tarde, já no século XX.

A Era dos descobrimentos marcou a passagem do feudalismo da Idade Média para a Idade Moderna, com a ascensão dos Estados-nação europeus. Durante este processo, os Europeus encontraram e documentaram povos e terras nunca antes vistas. A expansão europeia no exterior levou ao surgimento dos impérios coloniais, com o contacto entre o Velho e o Novo Mundo a produzir o chamado "intercâmbio colombiano" (Columbian Exchange), que envolveu a transferência de plantas, animais, alimentos e populações humanas (incluindo os escravos), doenças transmissíveis e culturas entre os hemisfério ocidental e oriental, num dos mais significativos eventos globais da ecologia, agricultura e cultura da história.

O hemisfério ocidental ou hemisfério oeste engloba todas as regiões situadas a oeste da longitude 0°, ou Meridiano de Greenwich

Índice de Desenvolvimento Humano

6ª série - prof. Darcio Vasques

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa que engloba três dimensões: riqueza, educação e esperança média de vida. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população. O índice foi desenvolvido em 1990 e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no seu relatório anual.

Todo ano, os países membros da ONU são classificados de acordo com essas medidas.
Na edição de 2009, o IDH avaliou 182 países.

A Noruega continuou no topo da lista, seguida pela Austrália e Islândia. Serra Leoa, Afeganistão e Níger são os três últimos e apresentam os piores índices de desenvolvimento humano.

Posição/ País/ Valor

IDH Muito Elevado (IDH >= 900)

1 Noruega 0,971
2 Austrália 0,970
3 Islândia 0,969
4 Canadá 0,966
5 Irlanda 0,965
6 Holanda 0,964
7 Suécia 0,963
8 França 0,961
9 Suíça 0,960
10 Japão 0,960
11 Luxemburgo 0,960
12 Finlândia 0,959
13 Estados Unidos da América 0,956
14 Áustria 0,955
15 Espanha 0,955
16 Dinamarca 0,955
17 Bélgica 0,953
18 Itália 0,951
19 Liechtenstein 0,951
20 Nova Zelândia 0,950
21 Reino Unido 0,947
22 Alemanha 0,947
23 Singapura 0,944
24 Hong Kong, China (RAE) 0,944
25 Grécia 0,942
26 Coreia, República da 0,937
27 Israel 0,935
28 Andorra 0,934
29 Eslovênia 0,929
30 Brunei 0,920
31 Kuait 0,916
32 Chipre 0,914
33 Qatar 0,910
34 Portugal 0,909
35 Emirados Árabes Unidos 0,903
36 República Tcheca 0,903
37 Barbados 0,903
38 Malta 0,902

IDH Elevado (0,900 > IDH >=0,800)

39 Bahrein 0,895
40 Estônia 0,883
41 Polônia 0,880
42 Eslováquia 0,880
43 Hungria 0,879
44 Chile 0,878
45 Croácia 0,871
46 Lituânia 0,870
47 Antígua e Barbuda 0,868
48 Letônia 0,866
49 Argentina 0,866
50 Uruguai 0,865
51 Cuba 0,863
52 Bahamas 0,856
53 México 0,854
54 Costa Rica 0,854
55 Líbia 0,847
56 Omã 0,846
57 Seychelles 0,845
58 Venezuela 0,844
59 Arábia Saudita 0,843
60 Panamá 0,840
61 Bulgária 0,840
62 São Cristóvão e Nevis 0,838
63 Romênia 0,837
64 Trindade e Tobago 0,837
65 Montenegro 0,834
66 Malásia 0,829
67 Sérvia 0,826
68 Belarus 0,826
69 Santa Lúcia 0,821
70 Albânia 0,818
71 Federação Russa 0,817
72 Macedônia 0,814
73 Dominica 0,814
74 Granada 0,813
75 Brasil 0,813
76 Bósnia-Herzegóvina 0,812
77 Colômbia 0,807
78 Peru 0,806
79 Turquia 0,806
80 Equador 0,806
81 Maurício 0,804
82 Cazaquistão 0,804
83 Líbano 0,803

IDH médio (0,800 >=0,500)

84 Armênia 0,798
85 Ucrânia 0,796
86 Azerbaijão 0,78
87 Tailândia 0,783
88 Irã, República Islâmica do 0,782
89 Geórgia 0,778
90 República Dominicana 0,777
91 São Vicente e Granadinas 0,772
92 China 0,772
93 Belize 0,772
94 Samoa 0,771
95 Maldivas 0,771
96 Jordânia 0,770
97 Suriname 0,769
98 Tunísia 0,769
99 Tonga 0,768
100 Jamaica 0,766
101 Paraguai 0,761
102 Sri Lanka 0,759
103 Gabão 0,755
104 Argélia 0,754
105 Filipinas 0,751
106 El Salvador 0,747
107 Síria 0,742
108 Fiji 0,741
109 Turcomenistão 0,739
110 Territórios Ocupados da Palestina 0,737
111 Indonésia 0,734
112 Honduras 0,732
113 Bolívia 0,729
114 Guiana 0,729
115 Mongólia 0,727
116 Vietnã 0,725
117 Moldávia 0,720
118 Guiné Equatorial 0,719
119 Uzbequistão 0,710
120 Quirguistão 0,710
121 Cabo Verde 0,708
122 Guatemala 0,704
123 Egito 0,703
124 Nicarágua 0,699
125 Botsuana 0,694
126 Vanuatu 0,693
127 Tadjiquistão 0,688
128 Namíbia 0,686
129 África do Sul 0,683
130 Marrocos 0,654
131 São Tomé e Príncipe 0,651
132 Butão 0,619
133 Laos 0,619
134 Índia 0,612
135 Ihas Salomão 0,610
136 Congo, República do (Brazzaville) 0,601
137 Camboja 0,593
138 Mianmar 0,586
139 Comores 0,576
140 Iêmen 0,575
141 Paquistão 0,572
142 Suazilândia 0,572
143 Angola 0,564
144 Nepal 0,553
145 Madagascar 0,543
146 Bangladesh 0,543
147 Quênia 0,541
148 Papua-Nova Guiné 0,541
149 Haiti 0,532
150 Sudão 0,531
151 Tanzânia 0,530
152 Gana 0,526
153 Camarões 0,523
154 Mauritânia 0,520
155 Djibuti 0,520
156 Lesoto 0,514
157 Uganda 0,514
158 Nigéria 0,511

IDH Baixo (IDH < 0,500)

159 Togo 0,499
160 Maláui 0,493
161 Benin 0,492
162 Timor Leste 0,489
163 Costa do Marfim 0,484
164 Zâmbia 0,481
165 Eritreia 0,472
166 Senegal 0,464
167 Ruanda 0,460
168 Gâmbia 0,456
169 Libéria 0,442
170 Guiné 0,435
171 Etiópia 0,414
172 Moçambique 0,402
173 Guiné-Bissau 0,396
174 Burundi 0,394
175 Chade 0,392
176 Congo, República Democrática do 0,389
177 Burkina Fasso 0,389
178 Mali 0,371
179 República Centro-Africana 0,369
180 Serra Leoa 0,365
181 Afeganistão 0,352
182 Níger 0,340

O Brasil está na 75ª posição no ranking do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que avalia 182 países, e teve uma pontuação de 0,813, por isso permanece no grupo dos países considerados de alto desenvolvimento humano - aqueles com IDH superior a 0,800. No último levantamento, o país aparecia na 70º posição, mas com índice menor: 0,807.

O IDH é um índice calculado em todo mundo. Ele é um indicador simples, de fácil entendimento, que argumenta apenas que desenvolvimento humano não pode ser reduzido a crescimento econômico. Ele olha com atenção para a questão da saúde e educação. O cálculo do IDH para uma região permite enxergar o desenvolvimento dessa região em relação a outras partes do mundo e estimula, através de comparações, políticas sociais mais pró-ativas. Assim sendo, transforma-se em um ítem fundamental de conscientização pública sobre o estado de bem-estar (básico) de determinada sociedade ou região.

Divisão Geoeconômica do Brasil


6; série - prof. Darcio Vasques


Em 1967, o geógrafo Pedro Pinchas Geiger propôs a divisão regional do Brasil em três regiões geoeconômicas ou complexos regionais. Essa divisão tem por base as características histórico-econômicas do Brasil, ou seja, os aspectos da economia e da formação histórica e regional.

• Região geoeconômica Amazônia
• Região geoeconômica Centro-Sul
• Região geoeconômica Nordeste

Essa organização regional é muito útil para a geografia, pois oferece uma nova maneira de entender a história da produção do espaço nacional.

Região geoeconômica Amazônia

É a maior das três. Tem aproximadamente 5 milhões de km2, extensão que corresponde a quase 60% do território brasileiro. Compreende todos os Estados da região Norte (com exceção do extremo sul de Tocantins), o oeste do Maranhão e praticamente todo o Mato Grosso.

Apesar de sua dimensão, possui o menor número de habitantes do país. Em muitos pontos da região acontecem os chamados "vazios demográficos". A maioria da população está localizada nas duas principais capitais do complexo, Manaus e Belém.

Na economia predominam o extrativismo animal, vegetal e mineral. Destacam-se também o pólo petroquímico da Petrobras e a Zona Franca de Manaus, que fabrica a maior parte dos produtos eletrônicos brasileiros.

Região geoeconômica Centro-Sul

Abrange as regiões Sul e Sudeste (exceto o norte de Minas Gerais), Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal e o sul de Tocantins. Compreende aproximadamente 2,2 milhões de km2.

É a região mais dinâmica do ponto de vista econômico. São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte são as cidades de maior destaque.
O Centro-Sul é o principal destino de migrantes de diversos pontos do país e onde se encontra cerca de 70% de toda a população brasileira.

Possui a economia mais diversificada, baseada na agricultura de exportação e, principalmente, na indústria. É responsável pela produção da maior parte do Produto Interno Bruto nacional.

Região geoeconômica Nordeste

Com uma área de aproximadamente 1,5 milhões de quilômetros quadrados, é a segunda do país em população. Inclui todo o Nordeste da divisão oficial (com exceção do oeste do Maranhão) e o norte de Minas Gerais, onde se localiza o Vale do Jequitinhonha.

Historicamente, é a mais antiga do Brasil. É também a mais pobre das regiões, com números elevados de mortalidade infantil, analfabetismo, fome e subnutrição.

Assim como acontece em grande parte do território brasileiro, a população nordestina é mal distribuída. Cerca de 60% fica concentrada na faixa litorânea e nas principais capitais. Já no sertão e no interior, os níveis de densidade populacional são baixos, devido, em grande parte, à seca.

Contudo, possui muitas riquezas históricas e culturais, tanto do ponto de vista arquitetônico, como de costumes e tradições.

Divisão regional do Brasil

6ª série - prof. Darcio Vasques

Brasil Colônia

O Brasil é um país que possui grande extensão territorial (8.514.876 Km2), sendo considerado um país continental. Essa grande área já passou por diversas divisões administrativas. O Tratado de Tordesilhas (1494) foi o primeiro responsável por uma divisão no território que hoje corresponde ao Brasil, na qual a porção leste ficou sob domínio de Portugal e a porção oeste pertencendo à Espanha.

Outra divisão ocorreu com as Capitanias Hereditárias (1534), que consistiu na fragmentação do território brasileiro em quinze faixas de terra. Numa alternativa de administração territorial, o império português disponibilizou a algum membro da corte que fosse de confiança do Rei, uma das capitanias. Os donatários deveriam governar e promover o desenvolvimento da capitania na qual se tornasse responsável.

Brasil República

O território do Brasil já passou por diversas divisões regionais. A primeira proposta de regionalização foi realizada em 1913, e depois dela outras propostas surgiram, tentando adaptar a divisão regional às características econômicas, culturais, físicas e sociais dos Estados. A regionalização atual é de 1970, adaptada em 1990, em razão das alterações da Constituição de 1988. O órgão responsável pela divisão regional do Brasil é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com as mudanças realizadas, ficou definida a divisão brasileira que permanece até os dias atuais. O Estado do Tocantins foi criado após o desmembramento do norte de Goiás e incorporado à região Norte; Roraima, Amapá e Rondônia tornaram-se estados; Fernando de Noronha deixou de ser federal e foi incorporado ao estado de Pernambuco.

Atualmente, o Brasil tem 26 estados e um Distrito Federal distribuídos em cinco grandes regiões.

Para fazer parte de uma mesma região os estados precisam apresentar características comuns.

Na região Norte, Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia, Roraima, Pará e Tocantins têm em comum o fato de serem, em sua maior parte, cobertos pela Floresta Amazônica. Grande parte da população vive na beira de rios e a atividade econômica que predomina é a extração vegetal e de minerais, como o ferro, a bauxita e o ouro.

Os estados da região Sudeste - Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo - são os que mais geram riquezas para o país, reunindo a maior população e produção industrial.

Na região Centro-Oeste, a vegetação predominante é o cerrado, que está sendo ocupado por plantações de soja e pela criação de gado.

Na região Nordeste, o clima que predomina no interior é o semi-árido, embora no litoral, onde as principais atividades econômicas são o cultivo de cana-de-açúcar e de cacau, o clima seja mais úmido.

Na região Sul - que apresenta o clima mais frio do país -, destaca-se o cultivo de frutas, como uva, maçã e pêssego, além da criação de suínos e de aves.

No futuro, devem ocorrer novas mudanças na divisão regional do Brasil. Afinal, por influência do homem, o país está em constante transformação!


DADOS PRINCIPAIS

ÁREA: 8.514.215,3
CAPITAL: Brasília
POPULAÇÃO: 192 milhões (2010)
- Sudeste (77,8 milhões), Nordeste (51,5 milhões), Sul (26,7 milhões), Norte (14,6 milhões).
QUANTIDADE DE MUNICÍPIOS: 5.435
MOEDA: Real ( R$ )
NOME OFICIAL: República Federativa do Brasil
NACIONALIDADE: brasileira
DATAS NACIONAIS: 7 de setembro (Dia da Independência ) e 15 de Novembro ( Proclamação da República )

GEOGRAFIA DO BRASIL:

LOCALIZAÇÃO: leste da América do Sul
FUSO HORÁRIO: horário de Brasília (oficial)
CLIMA: equatorial, tropical, tropical de altitude, tropical atlântico, subtropical e semi-árido
COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA: Pardos: 42,6%, Brancos: 49,7%, Negros: 6,9%, Indígenas: 0,3%, Amarelos: 0,5% (Fonte: PNAD 2006).
IDIOMAS: português (oficial)
RELIGIÃO: cristianismo (católicos 71%, outros 10%), espiritismo, judaísmo, cultos afro-brasileiros.
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 22 hab./km2
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO: 1,38% ao ano (1991 a 1996).
TAXA DE ANALFABETISMO: 11,1% (2007).
RENDA PER CAPITA: R$ 16.414,00 (ano de 2009).
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano): 0,813 (referente ao ano de 2007)

ECONOMIA BRASILEIRA:

Produtos Agrícolas: algodão, arroz, café, cana-de-açúcar, laranja, soja.
Pecuária: Bovinos, Eqüinos, Muares, Caprinos, Asinino, Bubalino, Suínos, Ovinos, Aves, Coelhos.
Mineração: bauxita, ferro, manganês, ouro e petróleo.
Indústria: de transformação, de bens de consumo e bens duráveis.
PIB (Produto Interno Bruto): 3,143 trilhões de reais (ano de 2009)
Crescimento do PIB em 2009: - 0,2%

A evolução industrial do Brasil

6ª série - prof. Darcio Vasques

O processo de industrialização do Brasil ocorreu depois do europeu devido à sua proibição por parte da Coroa Portuguesa, da instalação de fábricas em suas colônias, devido a acordos de exclusividade (Exclusivo Comercial) com a Inglaterra no fornecimento de produtos.

Entre os anos 1831 e 1889 surgiram algumas manufaturas têxteis, chapelaria, marcenaria e indústria de alimentos.

Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) outros produtos passaram a ser fabricados devido às dificuldades ocasionadas pela guerra em seus países de origem.

Após 1930 e a Segunda Guerra Mundial, a industrialização a industrialização se acentuou devido à diminuição das importações de uma Europa envolvida na guerra. Com isso o Brasil passou a fabricar produtos que antes eram importados.

O segundo governo de Getúlio Vargas (1951-1954) intensificou a indústria de base (siderurgias) que forneciam matérias-primas já transformadas para serem usadas pelas fábricas.

As fábricas se instalaram no eixo São Paulo-Rio de Janeiro devido às riquezas acumuladas com o café e a existência de portos e rios parara a construção de hidroelétricas.

Outro fator foi a chegada, desde as últimas décadas do século XIX de imigrantes europeus. Eram operários em grande parte que foram absorvidos pelas novas indústrias no Brasil.

O Brasil já possuía uma população numerosa, ideal para um mercado consumidor, fator muito importante para a industrialização.

O Brasil e o Mundo

6ª Série - prof. Darcio Vasques

Existem no mundo dezenas de países que ocupam um território estabelecido em determinada posição geográfica no globo terrestre.

Dessa forma, o Brasil ocupa uma área no espaço geográfico mundial, e conseqüentemente possui uma localização, como se fosse o “endereço” do mesmo.

O território brasileiro está localizado, quase em sua totalidade, no hemisfério sul, mais precisamente 93% do território, e no hemisfério norte 7%. O país está estabelecido no ocidente, ou seja, a oeste do meridiano de Greenwich, além disso, é cortado ao norte pelo paralelo do Equador. Encontra-se na zona intertropical, zona temperada sul e no Trópico de Capricórnio. O Brasil compõe a América do Sul e faz fronteira com todos os países dessa porção do continente americano, exceto Equador e Chile.

O Brasil destaca-se quanto à extensão territorial, ocupa o quinto lugar do mundo, por isso é considerado um país de dimensão continental, o espaço geográfico ocupado representa 5,7% das terras emersas do planeta, com uma área de 8.51.965 km2.

O litoral brasileiro totaliza 7.367 km e de fronteiras 15.719 km. O extremo do país no sentido leste (Ponta do Seixas) a oeste (Serra Contamana) possui uma distância de 4319 km e no sentido norte (Monte Caburaí) a sul (Arrroio Chuí) 4.394 km. Essas dimensões favorecem a formação de três fusos horários distintos.

Essas características físicas do território favorecem a permanência de grande variedade de clima, vegetação, relevo, fuso etc.

A economia do Brasil tem um mercado livre e exportador. Seu produto interno bruto é próximo de 2 trilhões de dólares (R$ 2.817,9 bilhões), fazendo-lhe a nona maior economia do mundo em 2008 segundo o FMI, (e décima maior economia segundo o Banco Mundial), fazendo-a segunda maior das Américas, atrás apenas dos Estados Unidos.




O Brasil e o Mundo

6ª Série - prof. Darcio Vasques

Existem no mundo dezenas de países que ocupam um território estabelecido em determinada posição geográfica no globo terrestre.

Dessa forma, o Brasil ocupa uma área no espaço geográfico mundial, e conseqüentemente possui uma localização, como se fosse o “endereço” do mesmo.

O território brasileiro está localizado, quase em sua totalidade, no hemisfério sul, mais precisamente 93% do território, e no hemisfério norte 7%. O país está estabelecido no ocidente, ou seja, a oeste do meridiano de Greenwich, além disso, é cortado ao norte pelo paralelo do Equador. Encontra-se na zona intertropical, zona temperada sul e no Trópico de Capricórnio. O Brasil compõe a América do Sul e faz fronteira com todos os países dessa porção do continente americano, exceto Equador e Chile.

O Brasil destaca-se quanto à extensão territorial, ocupa o quinto lugar do mundo, por isso é considerado um país de dimensão continental, o espaço geográfico ocupado representa 5,7% das terras emersas do planeta, com uma área de 8.51.965 km2.

O litoral brasileiro totaliza 7.367 km e de fronteiras 15.719 km. O extremo do país no sentido leste (Ponta do Seixas) a oeste (Serra Contamana) possui uma distância de 4319 km e no sentido norte (Monte Caburaí) a sul (Arrroio Chuí) 4.394 km. Essas dimensões favorecem a formação de três fusos horários distintos.

Essas características físicas do território favorecem a permanência de grande variedade de clima, vegetação, relevo, fuso etc.

A economia do Brasil tem um mercado livre e exportador. Seu produto interno bruto é próximo de 2 trilhões de dólares (R$ 2.817,9 bilhões), fazendo-lhe a nona maior economia do mundo em 2008 segundo o FMI, (e décima maior economia segundo o Banco Mundial), fazendo-a segunda maior das Américas, atrás apenas dos Estados Unidos.

Formação do Território Brasileiro

6ª série - prof. Darcio Vasques

A formação do atual território do Brasil remonta ao século XIV, ao início da chamada Era dos Descobrimentos quando se impôs a partilha das terras descobertas e a descobrir entre as monarquias ibéricas, pioneiras nas grandes navegações. Sucedem-se, a partir de então, uma série de iniciativas e questões, que culminam no início do século XX, com a definição das fronteiras terrestres.

Fronteiras do Brasil

O Brasil limita-se ao norte com a Guiana Francesa, o Suriname, a Guiana e a Venezuela; a noroeste, com a Colômbia; a oeste, com o Peru e a Bolívia; a sudoeste, com o Paraguai e a Argentina; ao sul, com o Uruguai e a leste com o Oceano Atlântico.

Pontos extremos do Brasil

Ao norte, a nascente do Rio Ailã, no Monte Caburaí, Estado de Roraima (5º 16' de latitude norte), na fronteira com a Guiana;

Ao sul, o Arroio Chuí no Rio Grande do Sul (33º 45' de latitude sul), fronteira com o Uruguai;
O extremo leste da parte continental do Brasil é a Ponta do Seixas, em João Pessoa, na Paraíba (34º 47' de longitude oeste); porém, as ilhas oceânicas de Fernando de Noronha, Atol das Rocas, arquipélago de São Pedro e São Paulo, Trindade e Martim Vaz ficam ainda mais a leste, sendo o extremo leste absoluto do território brasileiro uma ponta sem nome na Ilha do Sul do arquipélago de Martim Vaz, a cerca de 28° 50' de longitude oeste;

A oeste, a serra da Contamana ou do Divisor, no Acre (73º 59' de longitude oeste), na fronteira com o Peru.