domingo, 13 de junho de 2010

África – a independência

8ª série - prof. Darcio Vasques


Na primeira metade do século XX, as potencias européias foram absolutas no vasto território africano.

O Reino Unido detinha as suas possessões na África Oriental, no Golfo da Guiné e África do Sul.

A França tinha colónias na costa atlântica e no golfo da Guiné até à foz do Rio Congo.

A Bélgica dominava ao longo da Baixa do Rio Congo e a sul dele.

Portugal estava em Angola, Moçambique, Guiné – Bissau e nas Ilhas de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

A Itália Fascista tinha tentado alargar as suas possessões do século XVII da Eritreia e da Somália com a invasão da Etiópia em 1936.

Até à 2ª Guerra Mundial, esta divisão manteve-se estável, provocando um lento processo de modernização das economias locais e uma aculturação ocidental parcial das populações, facilitando aos colonizadores a exploração dos recursos mineiros e agrícolas locais.

África tem assim duas economias paralelas: uma, ligada às exportações – importações para e da Europa; a outra de pura subsistência dos povos. Nasce daí uma dicotomia social entre quem pertencia aos sistemas produtivos e realidade cultural européia, e os que permaneciam na vida tribal das aldeias de sempre.

Nos anos 50, acendem-se os primeiros movimentos de independência.

Houve muita resistência da Europa com lutas sangrentas, mas foi obrigada a ceder aos novos grupos que nasciam localmente.

Esta descolonização apressada teve consequências negativas não esperadas pelas populações, pois a partilha territorial dos vastos Estados não tinha em conta a presença de etnias e tribos muito diferentes nas mesmas áreas geográficas, que entravam imediatamente em guerra.

Com a falta de experiência de uma classe dirigente africana e de estruturas politicas democráticas, formam-se regimes ditatoriais, guiados pelas tribos mais fortes.

As guerras arrastaram-se por muitos anos, continuando nalguns casos ainda a durar, como no Uganda, Somália, Burundi e Ruanda.

Na África do Sul (após o Apartheid), no Botswana ou no Quénia, aparentemente atingiu-se uma estabilidade com a proposta de novos equilíbrios sociais e um desenvolvimento duradouro.


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